Adilson Batista teve oportunidades em grandes times do Brasil. Desde que deixou o Figueirense, em 2006, o treinador passou por Cruzeiro, São Paulo, Corinthians e Santos. Mas os recorrentes insucessos prejudicaram a sequência da carreira, que agora ganha um recomeço no Furacão. O primeiro passo desse dessa reconstrução será neste domingo, às 17h, no Estádio Renato Silveira, contra o Guarani, em Palhoça.

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O técnico do Furacão se preparou para esse momento. Adilson foi demitido do Atlético-GO no dia 29 de maio e desde então viajou pela américa latina para assistir jogos, fez alguns cursos de coaching, conversou com técnicos brasileiros e até com psicólogos. O comandante alvinegro foi além do campo para se aprimorar.

Contra o Guarani, o time do Figueirense ainda estará longe do que Adilson deseja, mas terá uma característica importante que é a versatilidade. O treinador é cético e não fala em favoritismos, sabe que o trabalho é de reconstrução, também, na equipe que tem 15 novos jogadores. Por isso, Adilson não está preocupado com as contratações de Avaí e Criciúma, por exemplo, pois para ele favoritismo não garante título.

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Adilson Batista deu um passo atrás para voltar ao cenário nacional com um trabalho consistente e de qualidade. Quem ganha com isso é o Figueirense, que tem na beira do campo um profissional reciclado e muito motivado.

Confira a entrevista com Adilson Batista

Diário Catarinense _ Como é esse momento de reconstrução de carreira?

Adilson Batista _ Não é questão de reconstrução. Tudo é um aprendizado na vida. É uma etapa, você vem pra um clube que trabalhou e fez um ótimo trabalho. É dar continuidade, vivenciar aqui um momento, trabalhar pra vencer e dar sequência.

DC _ O que você fez nesses sete meses parados sem treinar nenhum clube?

Adilson _ Eu andei fazendo alguns cursos de coaching, conversando com psicólogo, lendo, viajando, indo à Argentina, Paraguai, vendo os jogos, conversando com alguns treinadores que eu considero. Falei com o Felipe, o Drubscky, o Sandro. Revendo algumas coisas para você rever, melhorar, saber o porquê. Na área da psicologia, pra gente melhorar, saber conduzir de uma maneira mais calma, mais tranquila. A nossa intenção é ajudá-los a crescer profissionalmente, é contribuir pro crescimento da carreira. É um processo que demora um pouquinho, mas vejo que a gente tá melhor para transmitir isso.

DC _ Como você vê os seus adversários? O Avaí com Marquinhos e Eduardo Costa é o grande favorito?

Adilson _ Acho que nós temos que ir por partes. Primeiro é uma coisa analisar elenco sem o jogo. Segundo é o dia a dia, o jogo e a sequência do campeonato. Terceiro, você pode obter uma classificação e entra no mata-mata e depois tem a final. Exemplo recente a gente teve. Você tem aproveitamento de 74% e perde pra um de 55%, são detalhes. Mas a gente espera por merecer no dia a dia, nos jogos, e mostrando o que a gente quer pelas contratações que nós temos. Fora de campo eu tive essa experiência. Eu lembro que trabalhei no Selegalo (apelido dado ao time do Atlético-MG em 1994), não ganhamos nada e o Cruzeiro ficou 500 pontos na nossa frente, então futebol é aqui dentro.

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FICHA TÉCNICA

GUARANI DE PALHOÇA

Rodrigo; Cleiton, Marcão, Tiago Sala ou Cacá, Laion; Michel, Itauê, Cleberson, Maicon; Renato, Uérdeson (Alan)

Técnico: Hudson Coutinho

FIGUEIRENSE

Ricardo; Peter, Willian Magrão, Douglas, Saci; Nem, Tinga, Maylson, Gerson Magrão; Danilinho, Marcelo Toscano

Técnico: Adilson Batista

Arbitragem: Ronan Marques da Rosa, auxiliado por Kleber Lucio Gil e Alex dos Santos

Horário: 17h

Local: Renato Silveira