Longe dos palcos desde 2012 e evitando entrevistas – suas conversas com jornalistas têm sido restritas a trocas de e-mails –, a cantora Rita Lee participou do segundo programa de Conversa com Bial, que vai ao ar à 1h de quarta para quinta. No talk show comandado por Pedro Bial, a artista de 69 anos surgiu com cabelos brancos e comentou sobre seu atual estilo de vida mais recluso, no qual se dedica a sua horta particular:

Continua depois da publicidade

Atitude rock é cuidar da minha horta, dos tomatinhos, da alface, da couve, do rabanete – ressaltou.

Leia mais

Rita Lee: “Apenas encontrei um barato ainda maior”

No último show da carreira, Rita Lee xinga policiais e vai parar na delegacia

Continua depois da publicidade

Rita Lee lembra trajetória com Os Mutantes e histórias obscuras em autobiografia

Rita também relatou como é a divisão de tarefas com seu marido, o músico Roberto de Carvalho:

– Eu cuido dos bichos e da faxina. O Roberto cuida das plantas e é o cozinheiro.

Bem humorada, Rita garantiu para Bial que está “limpa há 11 anos”, compromisso que assumiu desde que a neta nasceu.

– Canalizei minha energia e estou achando muito louco esse negócio de ser careta – contou a artista, arrancando risos da plateia.

No programa, lançado recentemente, a artista comemorou as mais de 200 mil cópias vendidas de sua autobiografia.

– Achei que ninguém fosse ler. Eu escrevia o que ia puxando da memória, mas nunca pensei em lançar. Fiz daquilo um diário e fui pegando gosto de lembrar das coisas. Exorcizei alguns dramas, ri das coisas que fiz. E eu esculacho pra chuchu – destacou.

Continua depois da publicidade

Sem lançar um disco inédito desde 2012 – o último foi Reza –, Rita assegurou que a música continua presente em sua vida:

– Eu componho ainda. Não larguei a música, só larguei o palco. Pulei mais de 50 anos, tá bom, né?!

Rita ainda falou sobre o poder feminino e seu pioneirismo nos anos 1960:

– Na minha época, diziam que mulher não podia usar calça. Fui lá e usei. Depois, me disseram que pra fazer rock tinha que ter colhão. Eu, com meu útero e ovários, fui fazer rock. Diziam também que mulher não podia falar de sexo e prazer. Fui lá e fiz música sobre isso.