O recesso da Câmara de Florianópolis deve alterar o cronograma da CPI dos Táxis. Com os 15 dias de férias em julho, a investigação deve ser prorrogada. A previsão inicial era de que o trabalho estivesse concluído em 60 dias. Agora já se fala em 90 dias, o que significa que o relatório final pode ser apresentado somente na segunda quinzena de agosto.
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– Eu vou continuar tocando meu trabalho. Já tenho provas e sei quem vou indiciar -disse o relator Tiago Silva (PDT).
Nesta sexta-feira, a CPI dos Táxis voltou a se reunir para tomar depoimentos e ouviu dois permissionários. O primeiro a depor foi Wilson Vergílio Real Rabelo, que contou aos vereadores que comprou um carro que era usado como táxi da mulher de Isaías Gomes dos Santos, suspeito de explorar irregularmente várias concessões na Capital.
Glauco Augusto Vieira, outro proprietário de uma placa de táxi, também admitiu que comprou um veículo de Isaías. Disse que recorreu ao empresário, mesmo tendo redução do IPI se comprasse em uma concessionária, porque a loja só entregaria o carro em 120 dias. Glauco também contou que Isaías deu prazo de 45 dias para o pagamento dos R$ 38 mil.
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– Descobrimos que, além de taxista e mecânico, Isaías vende carros – disse o presidente Guilherme Pereira (PSD).
Para o presidente, está clara a necessidade de prorrogar os trabalhos, uma vez que há pelo menos 15 testemunhas que precisam ser ouvidas pela CPI antes do encerramento da investigação. Na avaliação dele, serão necessários mais 30 ou 60 dias de trabalho, o que significa que a CPI pode durar os 120 dias previstos no regimento. Entre os futuros depoimentos está o do próprio Isaías, que deve ser um dos últimos convocados pelos vereadores.
O terceiro intimado desta sexta-feira, Cristiano dos Santos, não compareceu e vai ser novamente convocado pela CPI. Os vereadores ainda não definiram o cronograma de trabalho da semana que vem.
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