– Não importa o tempo que levará para organizar o levantamento de gastos, o importante é começar.

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Esta é uma dica da professora do curso de economia da Univille Jani Floriano em reportagem do jornal “A Notícia” do dia 17/8/2015. Eu complemento: em tempos de crise, para um planejamento financeiro pessoal eficiente, é necessário, primeiramente, saber exatamente quais são suas receitas e entradas de recursos. Essa informação é fundamental para definir o que direcionar para a acumulação (formação de patrimônio, poupança) dos gastos destacados naquela reportagem.

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Mas como pensar em formação de patrimônio ou poupança na atual conjuntura? Desemprego em alta, inflação em alta e taxa de juros também em alta. Ingredientes indigestos quando o assunto é organizar a vida financeira. Não há como tratar deste assunto de forma paliativa. A tranquilidade econômica e financeira só poderá ser alcançada quando estabelecermos metas e objetivos e os cumprirmos. Uma inflação de quase 10% ao ano é ruim sob a ótica do consumo. Taxa de juros a 14,25% ao ano é ruim para quem precisa tomar dinheiro emprestado.

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Mas que tal organizar suas compras considerando a possibilidade de trocar produtos habituais que estejam caros por substitutos; se, ao invés de descartar, analisar a possibilidade de conserto (algumas coisas valem a pena consertar); trocar de restaurante ou viagem na hora do lazer, enfim, em tempos de crise, mudanças de hábito podem fazer toda a diferença.

Primeiramente, distinga sua receita de entradas. Você pode ter uma receita grande, porém, as entradas podem não corresponder a esse mesmo valor. Vamos a um exemplo: você é empregado e seu salário está disponível todo dia 5. Você conta com esse dinheiro. Líquido e certo. Mesmo? E aquele consignado? Você considerou? Suponhamos que outra fonte seja recebimento de aluguéis. Todo dia 10, o inquilino paga. E se ele atrasar? Assim, trabalhar com essas variáveis é muito importante. E mais importante ainda é organizar-se para tempos de crise como a que ora vivemos.

Para isso, antes de qualquer orçamento sobre os gastos do mês, considere a possibilidade de separar uma parte para sua acumulação. Digamos: 10%. Assim que sua receita entra, desconte esse valor e aplique aproveitando as altas taxas. E só a partir de então organize suas despesas, que deverão ficar dentro dos limites dessa nova receita. Difícil? Sim. Complicado? Nem tanto. Impossível? Nunca. Lembre-se: planejamento financeiro pessoal se faz para melhorar sua qualidade de vida.