As vendas externas da avicultura brasileira (carnes frango, peru, pato, ganso e outras aves, ovos e material genético) totalizaram US$ 8,362 bilhões em 2012, com redução de 5,5% em relação a 2011, quando a receita foi de US$ 8,853 bilhões. Em volume, as exportações avícolas somaram 4,138 milhões de toneladas, com aumento de 0,5% ante 4,118 milhão de toneladas de 2011. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pela União Brasileira da Avicultura (Ubabef).

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As exportações de carne de peru totalizaram 170 mil toneladas, aumento de 26,8%, na comparação com 2011. A receita cambial teve incremento de 12,5%, para US$ 500,4 milhões. O maior volume de embarques foi de cortes (102,5 mil toneladas), enquanto o principal mercado comprador foi a União Europeia, com 46% do total.

As vendas externas de carne de pato, ganso e outras aves alcançaram 3 mil toneladas no ano passado, crescimento de 87,3% sobre 2011. A receita, de US$ 11,2 milhões, teve expansão de 60,4%. Já as exportações de ovos somaram 26,8 mil toneladas em 2012, avanço de 61,2%. A receita cambial, de US$ 42,6 milhões, teve incremento de 50,8%. Angola, com 47% do total, e Emirados àrabes Unidos, com 38%, foram os principais compradores.

As vendas de material genético (matrizes) em 2012 somaram 1,1 mil toneladas, retração de 14,8%. A receita somou US$ 43,8 milhões, com aumento de 15,5% em comparação a 2011.

Desafios

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De acordo com o diretor de Mercados da Ubabef, Ricardo Santin, o desafio do setor é “a monetização dos créditos superiores a R$ 1 bilhão acumulados pela indústria”. A ideia é sugerir ao governo a reversão de até 60% em investimentos produtivos.

– A Ubabef também vai brigar pela desoneração da cesta básica ampliada, que possui atualmente a incidência de 16% de tributos, e queremos uma maior aproximação com o governo federal para contribuir com propostas para superar gargalos com grãos e logística – disse Santin.

Com relação à mão de obra, o diretor de Produção da Ubabef, Ariel Mendes, informou que em alguns Estados há falta de pessoal qualificado.

– Com o aumento do salário mínimo e a criação de novas vagas em outros setores estamos com falta de mão de obra. A desoneração da folha está compensando, em parte, o custo, mas o tema ainda é um desafio. Mas a indústria tem se preparado para superar isso – declarou.

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