A dona de casa Marilene Delfino, 35 anos, acordou cedo no dia 13, pegou o ônibus do Portinho até o terminal do Iririú, e do Iririú foi até a estação central. Exatamente às 5 horas, ela desembarcou em frente à Secretaria de Assistência Social para conseguir reaver o benefício do Bolsa-família.

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Os R$ 240 que recebe mensalmente para manter os cinco menores, dos sete filhos que tem, na escola e sem trabalhar, estava bloqueado desde o começo de janeiro por falta de atualização do cadastro no programa.

Marilene se adiantou e nem precisava chegar tão cedo – a secretaria funciona das 8 às 14 horas.

– Todo mundo falou que era cheio. Por isso, vim cedo -, disse.

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Mas Marilene fez certo porque quem é inscrito e não quer ter o benefício bloqueado precisa correr. O recadastramento poderá ser feitos até o dia 29 de fevereiro.

A cada dois anos, a dona de casa faz o recadastramento.

– Trouxe todos os documentos. Título de eleitor, identidade e certidões de nascimento das crianças -, contou a moradora do Jardim Iririú.

O valor pode parecer pouco para muitos joinvilenses, mas para Marilene a ajuda recebida há oito anos – desde o tempo do bolsa-escola – representa um terço da renda familiar. O restante (R$ 500) vem de pensão alimentícia.

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Os R$ 740 que consegue todo mês servem para comprar comida, ajudar na conta de água e luz, na aquisição de materiais escolares e, principalmente, leite para os filhos mais novos, como a pequena Luana Delfino Marques, de um ano.

– Meu pai colabora, me dá uma força para pagar as contas. Moro com os meus pais para não pagar aluguel -, revelou a dona de casa.

Para sorte dela, o valor que deixou de receber em janeiro e fevereiro, poderá ser retirado em março.

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