O grupo rebelde sírio Mártires de Yarmuk anunciou ontem ter raptado quatro soldados de missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) nas colinas de Golã. Todos são filipinos.
Continua depois da publicidade
A informação foi confirmada pela ONU, segundo a qual os membros da força de paz foram capturados próximos a Al Jamla, na posição 86 da área de separação entre a Síria e o território ocupado por Israel em 1967.
Um porta-voz da ONU disse que há esforços para garantir a segurança dos soldados capturados, mas não confirmou que haja contato direto com os Mártires de Yarmuk.
Em março, a mesma organização insurgente havia raptado 21 observadores da ONU, também filipinos. Eles foram libertados em três dias. Os rebeldes afirmam que, diante da violência no vale de Yarmuk, estão mantendo os soldados em cativeiro para protegê-los. O anúncio foi feito via Facebook, com fotografia dos soldados. Segundo o comunicado, os Mártires de Yarmuk “levaram a cabo uma operação para proteger integrantes da ONU operando no vale de Yarmuk durante conflitos e pesado bombardeio na região”.
A presença de tropas do exército do ditador Bashar al-Assad, além de “elementos criminosos”, ofereceriam perigo aos membros da ONU, diz o grupo.
Continua depois da publicidade
O conflito já dura mais de dois anos e já causou mais de 70 mil mortos, segundo estimativa da ONU.