A Frente Nacional de Libertação (FNL), aliança de grupos rebeldes da província de Idlib e seus arredores, na Síria, negou neste domingo ter retirado suas armas pesadas da futura zona desmilitarizada prevista para o nordeste sírio após um acordo Rússia-Turquia.
Continua depois da publicidade
“Não retiramos armas pesadas de nenhuma área da frente. Negamos categoricamente”, disse Naji Mustafa, porta-voz da FNL, uma aliança apoiada pela Turquia.
A ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) mencionou a retirada de tanques e canhões do grupo Faylaq al Sham, um dos integrantes do FNL.
“Unidades da Faylaq al Sham al-Islami se retiram a partir de domingo com suas armas pesadas dos arredores da província de Aleppo e dos subúrbios ao oeste da cidade de mesmo nome, que estão na zona desmilitarizada prevista pelo acordo”, anunciou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.
Continua depois da publicidade
Um porta-voz do grupo, Seif al Raad, entrevistado pela AFP, negou qualquer movimento de tropas ou armas.
“Não há mudanças sobre a localização das armas ou a posição de combatentes”, afirmou Raad, antes de ressaltar que seu grupo “adere ao acordo concluído em Sochi” entre Moscou e Ancara.
O OSDH, que tem uma ampla rede de informantes na Síria, mantém a versão da retirada de armas, apesar dos desmentidos.
Continua depois da publicidade
Equipamentos foram retirados de várias localidades, disse Abdel Rahman, que citou “Khalsa, Rashidin e Al Mandura”.
Moscou e Ancara chegaram a um acordo em setembro que prevê a criação até 15 de outubro de uma “zona desmilitarizada” de 15 a 20 quilômetros de comprimento, sob controle da russo e turco, e assim separar as zonas controladas por rebeldes e jihadistas das áreas do regime.
Mas a implementação depende da capacidade, principalmente de Ancara, de convencer os grupos rebeldes e jihadistas a aceitar o acordo.
Continua depois da publicidade
* AFP