A previsão do tempo para este fim de semana em Santa Catarina não é das melhores: instável e com frente fria de fraca intensidade se aproximando. Mas a notícia pode ser boa para os participantes do WCT Brasil, que começou na última segunda-feira e até esta sexta-feira não terminou nem a primeira etapa, devido à falta de ondas.

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Uma nova chamada geral será realizada às 7h30min deste sábado, para avaliação das condições do mar na Praia da Joaquina, em Florianópolis, e da Vila e do Rosa, em Imbituba.

A esperança reside na chance de um swell (ondulação) com vento Sul entrar no litoral catarinense já no domingo, segundo o diretor de prova da competição Xandi Fontes.

– Temos cinco dias pela frente e o campeonato pode ser encerrado em dois dias e meio – disse Fontes.

O fato é que a penúltima etapa da elite do surfe mundial neste ano foi adiada pelo terceiro dia consecutivo nesta sexta, na Praia da Joaquina, em Florianópolis. De qualquer forma, a competição terá de recomeçar na segunda-feira, dia 7, com ou sem ondas.

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Até o momento, foram realizadas 12 das 16 baterias da primeira fase do torneio, todas na terça, dia 1º, na Praia da Vila, em Imbituba.

Dos brasileiros, três se classificaram para a terceira fase: Marcelo Nunes, na segunda bateria, Victor Ribas, na sexta, e Adriano de Souza, o Mineirinho, na 12ª. Os demais derrotados poderão correr a repescagem.

Os favoritos ao título, o norte-americano Kelly Slater e o havaiano Andy Irons, também venceram as suas baterias (oitava e nona, respectivamente) e estão no páreo.

Um dos responsáveis pela decisão de adiamento desta sexta foi o paranaense Peterson Rosa, 24º colocado no ranking. O surfista liderou um grupo contrário à proposta de disputar as quatro últimas baterias da primeira fase em um mar nada favorável.

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A continuidade do WCT Brasil chegou a ser anunciada por volta das 12h30min, mas, menos de meia hora depois, Fontes voltou atrás e optou por aceitar o pedido feito pelos atletas.

– Eu fui apenas o líder do grupo. Falei com o Xandi e ele acatou a nossa decisão. De repente, as condições melhorem amanhã (sábado) com séries e ondas bem mais constantes – afirmou Rosa.

O atleta paranaense diz que é comum as etapas da competição serem interrompidas por falta de ondas de tamanho adequado.

– Ninguém pode reclamar da falta de ondas. Já fiquei uma semana parado, sem fazer nada nas Ilhas Fiji e gastando US$ 350 por dia. No Tahiti aconteceu a mesma coisa. Então, porque eles (surfistas estrangeiros) não podem esperar e gastar aqui também? – questionou.

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