A Petrobras anunciou na última sexta-feira a redução de 5,4%, em média, no preço da gasolina vendida nas refinarias. Essa diminuição ainda não deve ser sentida diretamente nas bombas dos postos em Joinville. A gasolina comum está sendo comercializada a R$ 3,502, em média. No inicio do mês de fevereiro este valor era de R$ 3,539.

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O último levantamento realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, mostra uma variação de quase 20 centavos entre o valor máximo e o mínimo cobrados nos postos joinvilenses. A pesquisa, efetuada de 12 a 18 de fevereiro, expõe que o maior preço praticado na cidade é R$ 3,637 e o menor R$ 3,439.

Essa média de preço não foi unanimidade no município nesta quarta-feira. Pelo menos três estabelecimentos estão revendendo a comum a R$ 3,299 para pagamento à vista, e R$ 3,399 para pagamento a prazo. A consumidora Irene Maciel Vieira, 61 anos, estranhou o valor abaixo do habitual quando passou perto do local pela manhã.

– Eu estava passando por aqui e observei que estava barato, resolvi abastecer. Será que este preço vai se manter? Eu espero que sim – festeja.

Irene Vieira aproveitou promoção em posto de Joinville

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O valor cobrado pelo posto em que Irene abasteceu, não tem relação com a redução de valores anunciada na semana passada. Segundo o gerente de um dos locais, Robson Cercal, a gasolina começou a ser vendida mais barata nesta terça-feira, e pode voltar ao preço antigo – R$ 3,499 – a qualquer momento.

– Estamos vendendo a gasolina mais em conta, porém não sei informar até quando. É apenas uma promoção que estamos oferecendo aos nossos clientes.

Reajuste depende de outros fatores

Para o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina – Sindipetro, a redução anunciada pela Petrobras ainda não deve impactar diretamente o consumidor final. A diminuição vale para a gasolina tipo A, combustível puro revendido a R$1,18/litro ainda na refinaria.

Até chegar às bombas, o valor sofre vários acréscimos devido à cadeia produtiva do combustível.

O preço em que o consumidor vai encher o tanque depende de todos os repasses feitos durante essa produção. Para Cristian Ribeiro, gerente de um posto em Joinville, a redução na refinaria por vezes nem pesa no valor em que o estabelecimento compra o líquido, isso atrapalha a redução de valores nas bombas.

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– Para nós que compramos da distribuidora e não da refinaria, essa redução nem sempre chega. No final das contas, o valor em que adquirimos a gasolina fica no mesmo patamar da compra anterior – explica.

Além disso, o Sindipetro esclarece que a lei brasileira garante a liberdade de preços para o mercado de combustíveis e derivados. A própria rede de postos escolhe repassar ou não ao consumidor final os reajustes. Segundo dados da Petrobras, se o ajuste feito na refinaria fosse integralmente repassado e sem alterações nas demais parcelas que compõem o preço ao consumidor final, a gasolina poderia cair 2,3% ou R$ 0,09 por litro, em média.