Pesquisadores da Univali monitoram o surgimento de elefantes-marinhos em Penha depois que um animal da espécie foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros Voluntário de Penha e Piçarras, na noite da última quarta-feira. No dia seguinte, ele foi visto em Navegantes.

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A espécie grande e pesada, que muitos acreditaram ser um leão-marinho, permaneceu na Praia de São Miguel até o anoitecer de quarta, mas não foi mais visto no dia seguinte.

Sobre o aparecimento da espécie, Jules Soto, curador do Museu Oceanográfico da Univali, explica que trata-se de um macho adulto. A espécie é esporádica em Santa Catarina com histórico de algumas dezenas de registros. A colônia mais próxima de elefantes-marinhos fica na Península Valdez, na Patagônia Argentina.

Quanto ao estado de saúde do animal, Jules esclarece que as condições aparentam normalidade.

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– Os mucos esbranquiçados na narina são normais na espécie e sinal de saúde. É também comum ele abrir apenas uma das narinas como mostrado nas fotos e vídeos que estão circulando na internet – explica.

Já com relação às marcas no pescoço, ele diz que são comuns nos machos e resultam de lutas travadas nas praias para disputa de fêmeas e território. Em geral, machos que perdem disputas se tornam solitários e nômades, o que pode explicar o aparecimento da espécie em locais distantes.

De acordo com o curador do Museu Oceanográfico, o animal não ataca seres humanos sem propósito e em casos de aproximação pode emitir sons guturais espasmódicos.

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Espécies como esse nascem com cerca de 130 centímetros e 50 kg. Eles comem, principalmente, peixes e lulas. Quando adultos, os machos podem ultrapassar os 4,6 metros de comprimento e 3,5 mil quilos.