A trilha sonora de “Pantera Negra”, da Marvel, levou o astro do rap Kendrick Lamar à linha de frente do Grammy deste ano, com oito indicações, seguido de perto pelo também rapper Drake, que teve sete, disseram os organizadores nesta sexta-feira.

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Artistas do sexo feminino também deixaram sua marca nas principais categorias, depois de terem sido ignoradas há um ano, com a rapper Cardi B, a diva pop Lady Gaga e a cantora de folk-rock Brandi Carlile tendo recebido indicações para categorias-chave.

Seis dos oito indicados para Artista Revelação de 2019 são mulheres.

Depois da cerimônia do ano passado ter provocado uma grande reação, a Recording Academy criou uma força-tarefa de diversidade para responder às críticas de que o prêmio priorizava artistas homens e brancos, e expandiu quatro das principais categorias, que passaram de cinco a oito indicados.

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O Hip-hop dominou as categorias pelo segundo ano consecutivo – apesar de, no ano passado, o rapper magnata Jay-Z ter acumulado o maior número de indicações. Ele, entretanto, saiu de mãos vazias, e Lamar ficou de fora das categorias gerais.

Graças ao sucesso de bilheteria “Pantera Negra”, Lamar – cujo álbum “DAMN.” fez dele o primeiro rapper a ganhar um prêmio Pulitzer por música – mais uma vez tem a chance de ganhar o cobiçado prêmio de Álbum do Ano, depois de três derrotas anteriores.

Sua música da trilha sonora do filme de super-heróis da Marvel, “All the Stars”, também está concorrendo tanto ao prêmio de Gravação do Ano, que reconhece o desempenho geral de uma música, como ao de Canção do Ano, que premia composições.

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O rapper canadense Drake também conquistou a Academia, obtendo indicações nas categorias principais por seu álbum “Scorpion” e seu hit “God’s Plan”.

Os principais indicados enfrentarão forte competição em 10 de fevereiro no Staples Center, em Los Angeles, dos colegas rappers Cardi B e Childish Gambino – assim como de Lady Gaga, que recebeu indicações nas duas categorias principais por seu hit “Shallow”, interpretado com Bradley Cooper no filme “Nasce uma Estrela”.

– Mulheres no topo da lista –

Em maio, o presidente da Recording Academy – que inclui mais de 13 mil profissionais da música – disse que se afastaria quando seu contrato acabasse, em meio à indignação depois de que ele disse que as artistas mulheres deveriam “se esforçar mais”.

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Em junho, anunciou uma expansão de cinco para oito indicados a Álbum do Ano, Gravação do Ano, Canção do Ano e Artista Revelação de 2019.

A mudança parece ter tido um efeito positivo para as artistas mulheres, com cinco das indicações para Álbum do Ano tendo ido para mulheres: Cardi B, Carlile, a cantora de R&B Janelle Monae, a prodígio de R&B H.E.R. e a cantora country Kacey Musgraves.

Carlile – uma cantora de folk-rock conhecida por sua voz dinâmica que puxa para o blues – obteve seis indicações, incluindo três nas principais categorias.

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E Cardi B – rapper de 26 anos do bairro doe Bronx, em Nova York, cujo hit “Bodak Yellow” a alavancou a um enorme sucesso – conseguiu cinco, incluindo duas das mais prestigiosas.

Seu sucesso de verão “I Like It” – em parceria com o cantor porto-riquenho de rap latino Bad Bunny e o astro colombiano de reggaeton J Balvin – está concorrendo à Gravação do Ano.

Mas o desprezo no Grammy do ano passado pelo mega-sucesso “Despacito”, nas categorias Gravação do Ano e Canção do Ano, deixa os críticos céticos de que uma faixa de língua não inglesa possa ganhar um grande prêmio.

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Jay-Z e a rainha do pop Beyoncé, sua esposa, foram deixados de fora das principais categorias, apesar de terem sido aclamados por seu projeto conjunto “Everything is Love”.

The Carters foi indicado a Melhor Álbum Urbano Contemporâneo, Melhor Performance de R&B e Melhor Videoclipe.

A favorita eterna Taylor Swift pareceu cair em desgraça, tendo recebido apenas uma indicação, para Melhor Álbum de Pop com Vocais, por “Reputation”.

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* AFP