Se as obras do Aeroporto Internacional Hercílio Luz fossem entregues hoje, em seis anos a nova estrutura já não seria suficiente para atender à demanda de passageiros. É o que afirma a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), baseada em um cálculo feito a partir do número de embarques e desembarques em Florianópolis – que tem crescimento médio de 200 mil passageiros por ano.

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O cenário é ainda pior porque não há data prevista para a conclusão das obras – paradas desde maio, sem previsão para a retomada. O projeto do novo terminal de passageiros foi apresentado em 2004. De lá para cá a demanda mais que triplicou, aumentou de 1,3 milhão para 4 milhões (acompanhe o crescimento no gráfico ao lado).

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E colocou o Hercílio Luz no topo do ranking dos aeroportos do país que estão em situação crítica, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Enquanto isso, as obras não deslancharam. A Infraero assinou o contrato para a execução do serviço em dezembro de 2012 – e a previsão era de que no fim deste ano o novo terminal de passageiros ficasse pronto. Só que até agora apenas 7% do trabalho foram feitos.

Em maio a estatal abriu processo administrativo para rescindir o contrato com o consórcio formado pelas empresas Espaço Aberto e Construtora Viseu e desde lá as obras estão paradas.