Elder Godi Indalêncio, 20 anos, que teve parte do dedo amputada no parque aquático Cascata do Piraí, em Joinville, no sábado de manhã, disse que vai processar o dono do parque.
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Elder chegou no estabelecimento que fica na área rural da cidade, às 8h45 de sábado, junto com a namorada. Planejavam passar o dia. Perto das 10, quando descia de um tobogã, sentiu muita dor. Quando caiu na piscina, viu que tinha perdido parte do dedo anular.
Cheio de sangue, apavorado, saiu correndo da piscina. A namorada chamou por socorro. Um dos rapazes que trabalhava no parque levou Elder até uma salinha e limpou o ferimento.
Segundo Elder, quando o dono do parque chegou na sala onde estavam, teria dito “foi só um arranhão, não foi nada”.
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Um funcionário levou Elder e a namorada até o Pronto-atendimento Norte, que encaminhou o casal até o Hospital Municipal São José porque precisava de uma cirurgia.
Neste domingo à tarde, Elder, que trabalha em um escritório de uma mecânica, já estava em casa. Contou que na hora não percebeu o que causou o corte.
– Na hora da descida, coloquei as mãos para os lados e nas bordas para me segurar. Quando percebi, não dava mais para parar. É muito rápido. Senti a dor e só quando cheguei na água que consegui ver o que tinha acontecido – relatou ele.
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Elder denuncia que não recebeu nenhuma orientação quando chegou no parque e não havia nenhum aviso nos tobogãs explicando a forma correta de uso.
O jovem também falou que o dono do parque não se mostrou preocupado.
– Vou registrar um Boletim de Ocorrência contra o parque para que isso não aconteça com outras pessoas – finaliza.
O que diz o parque aquático
Pedro Gabriel Adriano, proprietário do parque Cascata Piraí, estava operando o caixa quando o acidente aconteceu. Ele conta que, tão logo foi informado, procurou saber se o garoto estava recebendo atendimento.
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Aparentemente, segundo Pedro, o corte no dedo de Elder era superficial. Após limpeza realizada por um dos salva-vidas do parque, que é também bombeiro voluntário, um funcionário do estabelecimento acompanhou o jovem e sua namorada até o PA Norte.
Segundo Pedro, há monitores circulando por todo o parque durante o expediente e eles são instruídos a orientar os banhistas. No caso do toboágua de onde Elder desceu, há a orientação de pousar os dois braços sobre o peito e jamais se segurar sobre as bordas do brinquedo.
– Por mais que haja acabamento nas bordas, o toboágua é de queda livre e bastante inclinado. Com a velocidade e o peso do corpo do garoto, a superfície deve ter roçado no dedo, o que ocasionou o corte.
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Pedro acredita que o acidente foi um descuido de Elder, que deve ter se apavorado com a velocidade e, para se sentir mais seguro, agarrou a borda.
– Especialmente após a fatalidade de 2011, realizamos manutenção semanal em todos os brinquedos. Esse tipo de acidente acontece, infelizmente, quando os banhistas fazem movimentos bruscos ou não seguem a recomendação dos monitores.