A polícia trabalha com uma nova hipótese sobre o bebê que foi deixado ao Centro de Saúde do Estreito, em Florianópolis, na última sexta-feira. O rapaz de 18 anos, que disse ter encontrado a criança envolta em um cobertor no chão da Rua Aracy Vascallado, no Continente, na verdade seria o pai da criança, de acordo com a Secretaria de Assistência Social de Florianópolis.
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>>> Bebê recebeu alta da Maternidade Carmela Dutra e está em um abrigo
A reviravolta no caso se deu na noite desta segunda-feira, quando uma jovem mulher deu entrada na Maternidade Carmela Dutra. Segundo o secretário da Assistência Social, Tiago Silva, trata-se da mãe do bebê.
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– Ela teria tido o bebê em casa, por volta de 4h de sexta-feira. Passou-se quase quatro horas em que a criança ficou enrolada em um cobertor até que o rapaz levou ela ao Centro de Saúde – disse o secretário.
Na sexta-feira a reportagem tentou contato com o rapaz através da namorada. Por telefone, ela disse que ele não iria falar com a imprensa, pois estaria traumatizado com toda a história. A moça, que revelou ter 20 anos, disse que o companheiro era muito tímido e não se sentia herói de nada. Três dias depois ela se apresentou na maternidade, onde permanece internada.
Pais e filho não se falavam
Segundo o advogado que representa a família do rapaz, Carlos Martins, os avós da criança souberam pela imprensa, no início da tarde desta terça, que o filho poderia não ser mais o herói da história.
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– Os pais ficaram surpresos ao saber que o filho não havia encontrado a criança. Eles disseram que estavam acompanhando tudo pela mídia, pois fazia mais de 15 dias que o filho não aparecia – contou o advogado.
O pai do jovem esteve na Secretaria de Assistência Social para ver o bebê e manifestar o interesse de ter a guarda, mas o secretário não autorizou o contato.
– Toda a história é muito estranha e, por cautela, a guarda desta criança fica sob nossa responsabilidade até que se apure os fatos – disse o secretário, que já providenciou um abrigo para a menina.
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O advogado afirma que os pais não sabiam da gravidez da nora, que não costumava frequentar a casa deles.
– Eles sabiam apenas que os dois moravam juntos – disse Martins.
A investigação do caso segue na 6ª Delegacia de Polícia, especializada na proteção dos direitos da criança e adolescente, e o caso corre em segredo de Justiça. O casal pode responder por abandono de incapaz. Até as 20h desta terça-feira o paradeiro do jovem não era de conhecimento da família ou da polícia.