Um ranking, divulgado pela prefeitura de Florianópolis, mostra a situação da pesca da tainha nas 20 praias do município que participam da temporada em 2022. No total, 56.675 peixes foram capturados até esta quarta-feira (1º), quando a pesca completa um mês.
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A Barra da Lagoa é o bairro com maior número de pescados até o momento. Na praia, os pescadores capturaram 14.030 tainhas, apenas na pesca de arrasto. Atrás, está Lagoinha do Norte – 7.833 – e Naufragados – 7.675.
Confira aqui o ranking atualizado
Segundo o gerente de Aquicultura e Pesca de Santa Catarina Sérgio Winckler, a situação é considerada “normal” em relação aos anos anteriores. Em 2021, a temporada registrou 650 mil toneladas em todo o Estado. Atualmente, já se tem registros de 125 mil toneladas.
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— É uma pesca que depende muito das condições climáticas, varia de um ano para o outro, não tem muito como prever — disse.
A Capital, de acordo com Winckler, é a cidade que faz a maior captura de tainhas durante a temporada, por conta do alto número de praias participantes. Neste ano, a cidade de Palhoça e Bombinhas também apresentaram grande número de pescados.
Confira o ranking por bairro de Florianópolis
- Barra da Lagoa: 14.030
- Lagoinha do Norte: 7.833
- Naufragados: 7.675
- Brava: 4.990
- Gravatá: 4.500
- Pântano do Sul: 4.117
- Campeche: 2.846
- Santinho: 2.272
- Ingleses: 1.892
- Galheta: 1.855
- Moçambique: 1.426
- Prainha da Barra: 1.263
- Daniela: 548
- Praia do Forte: 466
- Jurerê Internacional: 232
- Cachoeira do Bom Jesus: 194
- Tapera: 187
- Ponta das Canas: 180
- Jurerê Tradicional: 149
- Canasvieiras: 20
Entenda a temporada
A temporada da tainha começou em 1º de maio em todo o Estado. O dia a dia dos pescadores, desde então, começa antes das 5h e depende do olhar atencioso do “vigia”, que fica designado a avisar a aproximação de um cardume enquanto os outros pescadores preparam os equipamentos.
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Os 90 dias de duração contam com cerca de 4 mil pescadores na Capital. A tradição é centenária na cidade e passa de pai para filho. No entanto, há diversas dificuldades que cercam a tradição. Entre elas, a falta de incentivo.
Conforme explica o presidente da Federação dos Pescadores do Estado de Santa Catarina (Fepesc), Ivo Silva, para que a temporada seja boa é preciso que haja um ritual climático “perfeito”. O cardume, que sai do Sul do Brasil, deve chegar no Litoral Catarinense e, depois, encostar na praia com a ajuda do vento.
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O vento sul traz os peixes, mas atrapalha quando eles já estão no Litoral, segundo ele. A chuva, no entanto, não é um problema, mas se chega a agitar o mar, pode afastar as tainhas da costa.
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