Rajadas de vento entre 80 e 100 km/h atingiram cidades do Oeste e Meio-Oeste na madrugada desta quinta-feira (14). Chapecó, Concórdia e região estão entre os municípios mais afetados pelo fenômeno que destelhou casas e ocasionou a queda de árvores em residências e rodovias. 

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Em Chapecó, o trabalho da Defesa Civil se concentrou no período da noite, com distribuição de lonas para casas e cortes de árvores caídas. O coordenador Valter Luciano Huning, contou que pessoas que moram em edifícios mais altos sentiram prédios balançar durante a noite. 

Apesar disso, foram registradas mais ocorrências de quedas de árvore, do que de destelhamento na cidade. Na manhã desta quinta-feira (14), a equipe da Defesa Civil de Chapecó auxilia municípios vizinhos que registraram estragos, como São Carlos e Caxambu do Sul. 

A força do vento também impactou as fiações. Mais de 30 mil resdências ainda estavam sem luz até às 10h desta quinta. As cidades mais atingidas foram Concórdia (18 mil), Chapecó (12 mil), Lages (4 mil) e Joaçaba (3 mil). As equipes da Celesc fazem o reparo de postes caídos, cabos rompidos e redes encobertas por vegetações.

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Em Concórdia a Defesa Civil atendeu mais de 60 casas destelhadas ou com registro de queda de árvores no começo da manhã desta quinta-feira. Em Xanxerê, o temporal destelhou a Escola Municipal de Educação Básica Janete Cassol, no bairro Leandro. Não foi necessário o cancelamento das aulas. 

No Centro Integrado de Saúde de Xanxerê, a fachada de vidro foi totalmente arrancada. A Defesa Civil municipal atendeu seis ocorrências de queda de árvores. Nas margens da BR-282, uma árvore caiu sobre um veículo que estava estacionado em um posto de combustível. 

Em Xaxim, uma torre de rádio caiu e interditou uma pista no Km 523 da BR-282. A queda aconteceu durante a madrugada e não houve feridos.

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Força do vento

De acordo com a Epagri/Ciram o vento mais forte registrado nesta quinta foi em Xanxerê, chegando a velocidade de 101,5 km/h.

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  • Xanxerê – 101,5 km/h
  • Campos Novos – 85,6 km/h
  • Concórida – 83,4 km/h
  • Chapecó – 82,8 km/h
  • Urupema – 79,4 km/h

Segundo o metereologista da Epagri/Ciram, Marcelo Martins, essa época do ano é muito tempestuosa, com um índice de precimitação muito elevado. O que causa isso é o aquecimento brusco, principalmente no Oeste, e a mudança de um período frio para o quente. 

Esses fenômenos de tempestades são ocasionados por grandes nuvens, que começam em 2 quilômetros de altitude e se estendem até 18 quilômetros O deslocamento dessa massa provoca rajadas de vento. Além disso, os movimentos geram raios e, por vezes, granizo.

O Oeste foi atingido a um sistema de baixa pressão, aliado a uma frente fria. A previsão, segundo a Defesa Civil de Chapecó, é de chuva fraca no final do dia desta quinta-feira (14). O tempo continua instável até sexta-feira, mas a previsão não indica uma nova rajada de vento na próxima madrugada.

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São Carlos, cidade vizinha de Chapecó, registrou quedas de árvores e destelhamento
São Carlos, cidade vizinha de Chapecó, registrou quedas de árvores e destelhamento – (Foto: Defesa Civil, Divulgação)
Em Concórdia, os ventos estragaram diversas residências
Em Concórdia, os ventos estragaram diversas residências – (Foto: Defesa Civil, Divulgação)
Cidades do Oeste e Meio Oeste foram atingidas por rajadas entre 90 e 100 km/h
Cidades do Oeste e Meio Oeste foram atingidas por rajadas entre 90 e 100 km/h – (Foto: Defesa Civil, Divulgação)
Em Chapecó, a Defesa Civil trabalhar para cortar árvores que obstruíram vias e casas
Em Chapecó, a Defesa Civil trabalhar para cortar árvores que obstruíram vias e casas – (Foto: Defesa Civil, Divulgação)
Em Concórdia, Defesa Civil já atendeu mais de 60 casas
Em Concórdia, Defesa Civil já atendeu mais de 60 casas – (Foto: Defesa Civil, Divulgação)
Galpãos e residências foram fortemente atingidos pelo vento em cidades do Oeste
Galpãos e residências foram fortemente atingidos pelo vento em cidades do Oeste – (Foto: Defesa Civil, Divulgação)

Cuidados que devem ser tomados

Segundo o coordenador da Defesa Civil de Chapecó Valter Luciano Huning, ações como poda de árvores, limpeza de calhas, e uma maior estruturação de telhados podem ajudar na prevenção de estragos quando essas rajadas de vento acontecem.

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Ainda segundo o coordenador, esses ventos têm sido mais frequente nos últimos meses. A menos de um mês, a região do Oeste foi atingida por rajadas de vento e cerca de 170 casas ficaram destelhadas em Chapecó.

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