Depois da estreia da Seleção Brasileira com goleada sobre o Panamá na Copa do Mundo Feminina, o próximo desafio da equipe será contra a França no sábado (29). Brasil e França já se enfrentaram em outras Copas, em 2003 e 2019. Dos dois duelos entre as equipes, o primeiro terminou em empate e o outro na vitória das francesas e eliminação das brasileiras nas oitavas de final da Copa de 2019. Apesar do retrospecto não tão favorável para a amarelinha, os times mudaram muito e a França tem sofrido com lesões.

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A convocação da França foi anunciada ainda em junho, três meses após a troca de comando técnico. Em março de 2023, a treinadora Corinne Diacre foi demitida da seleção francesa depois de diversas jogadoras, entre elas a capitã Wendie Renard, afirmarem que não jogariam mais pelos Bleus. As atletas alegavam abuso moral por parte da técnica.

No entanto, os problemas com Diacre eram anteriores. Os métodos de treinamento, convocações questionáveis e até mesmo críticas públicas às jogadoras eram reclamações recorrentes sobre o seu trabalho. Em 2019, por exemplo, a técnica optou por não levar Katoto na Copa, mesmo a atacante sendo a artilheira do campeonato francês. Além dela, nomes como Amandine Henry e Engénie Le Sommer ficaram de fora do elenco da Eurocopa 2022.

Superados os problemas com a técnica, a Federação Francesa de Futebol contratou Hervé Renard para o comando da seleção. Renard não possuía experiência com futebol feminino, mas se destacou por conquistas inéditas com as seleções que comandou. O técnico foi campeão africano com a Zâmbia em 2015, classificou o Marrocos para a Copa de 2018 e, por fim, com a seleção da Arábia Saudita protagonizou a maior zebra da última Copa ao vencer a Argentina na fase de grupos.

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Com pouco mais de quatro meses à frente da equipe francesa, Renard apostou em mesclar o seu elenco entre jogadoras jovens e as mais experientes. No processo, o técnico se deparou com baixas importantes por lesão. As atacantes Marie-Antoinette Katoto e Delphine Cascarino romperam o ligamento cruzado anterior do joelho (LCA) e ficaram fora da competição. Além delas, a experiente volante Amandine Henry foi cortada às vésperas do mundial por uma lesão na panturrilha.

As baixas não param por aí e uma dúvida assombra a França para a partida contra o Brasil. Segundo o jornal francês “L’équipe”, a zagueira e capitã, Wendie Renard, se lesionou na partida de estreia na Copa do Mundo contra a Jamaica. A atleta teria sentido a panturrilha esquerda. Na quarta-feira (26), o “L’équipe” informou que Renard treinou separada do grupo e que Maëlle Lakrar, também defensora, deve substituí-la.

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Como joga a França

O técnico Hervé Renard costuma trabalhar o esquema tático 4-3-3, algo que não se distancia tanto do apresentado por Corinne Diacre. Na primeira partida da França na Copa do Mundo, que terminou em um empate sem gols com a Jamaica, Hervé Renard utilizou um 4-4-2 e com um posicionamento bem ofensivo das camisas 12, Matéo, e 10, Majri, pelas laterais do campo. A França costuma acionar muito suas laterais para a construção do jogo.

Com a ausência de Henry, foi um desafio encontrar uma volante. Na partida contra a Jamaica, o papel foi de Sandie Toletti, camisa 6, que dentro da equipe assume a posição de construir as ações ofensivas, o que descobre um pouco a defesa. Também no meio campo, a presença da 8, Grace Geyoro, tem dado qualidade para as transições entre o setor e o ataque.

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O ataque francês é comandado por Le Sommer, uma das maiores goleadoras da seleção e atacante do Lyon, e por Kadidiatou Diani, atleta muito veloz, criativa e com qualidade na finalização. Diani chegou a ser uma dúvida antes da lista oficial, pois fraturou a clavícula meses antes do Mundial.

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Na última partida, a defesa da equipe francesa contou com Lakrar pela lateral esquerda, Wendie Renard e Cascarino centralizadas, e Karchaoui pela direita. Com a possível ausência da capitã e zagueira Renard, é possível que Lakrar jogue centralizada. Para a posição de lateral, o técnico pode usar Elisa De Almeida ou até adotar um esquema com três zagueiras.

No geral, a França tem um posicionamento mais ofensivo. Por ter atletas altas em seu elenco, como a capitã Renard de 1,87m, aposta muito em cruzamentos e escanteios, se beneficiando do jogo aéreo.

Brasil x França

As equipes se enfrentam no sábado (29) às 7 horas, horário de Brasília. Enquanto o Brasil busca a sua segunda vitória no Mundial e deseja encaminhar a classificação para as oitavas de final, a França quer conquistar seus primeiros três pontos para não arriscar ficar de fora da competição. A partida será transmitida na CazéTV, TV Globo, SporTV e FIFA+.

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