Tributação para importação

Deixamos de arrecadar pela resolução 13 (novo regime de tributação para importação) R$ 35 milhões por mês. A média provável de prejuízo para este ano será de R$ 420 milhões. Para compensar, fizemos aquelas operações de empréstimo com sete anos de carência, 25 anos para pagar e juros de 5%, que foram bem favoráveis. A tendência é de que, quando começarmos a pagar, já tenha zerado os efeitos da resolução 13.

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Estímulo à produção

O Pró-emprego e o Prodec são os melhores programas do Brasil, que produzem resultados excepcionais. É claro que pode pegar um setor, como ocorreu com o automotivo, e estimular. Mas os integrantes deste setor inclusive se enquadraram dentro destes dois programas. E hoje há uma dificuldade muito grande de ampliar em função de uma reação de outros Estados da União. Há uma resistência muito grande em nível de Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Há quem queira derrubar até os que já existem. Visitei um por um os ministros do Supremo para explicar. Por exemplo: você dá incentivo para a suinocultura ou avicultura porque você tem que trazer a matéria-prima de fora. Se você não dá incentivo, você não é competitivo. Santa Catarina tem crescido mais que o dobro da média nacional. Nosso cenário ainda é de crescimento porque nossa economia tem muita força na exportação. Acredito que o governo federal vai criar políticas de exportação para fortalecer a economia nacional. Assim, não tenho dúvida de que vamos continuar crescendo acima da média do País. Isto é uma vantagem estratégica do Estado. Os portos são essenciais neste cenário.

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Planalto Norte

O Planalto Norte merece uma atenção especial. Estamos realizando um estudo envolvendo prefeitos e Sebrae para ver como daremos atenção especial com um resultado especial. A região melhorou, se desenvolveu, mas evidentemente a gente enxerga que ela tem problemas. Já temos um plano diretor para enfrentar. A grande esperança surgiu em 2008, com a chegada de uma grande empresa agroindustrial. Depois, houve dificuldades por causa do câmbio. Hoje, a realidade é diferente. Retomamos as conversas com as empresas para estimular o crescimento. O cenário já superou 2010 e voltou a ser tão atraente quanto era em 2008. É uma região que tem potencial para se desenvolver. Investimos bastante neste mandato, como na Estrada Doutor Pedrinho-Itaiópolis, que é uma obra orçada em R$ 200 milhões; na Volta Grande, em Rio Negrinho; e na Rodovia dos Móveis, em São Bento. Fizemos um reforço grande de energia elétrica, que era um limitador. Existe um esforço grande para melhorar a infraestrutura. Mas sabemos que é preciso mais foco do governo para encontrar novos caminhos para a região.

Efeito BMW

A gente disputou a BMW fortemente com outros Estados. Batalhamos muito para termos esta conquista. Foram fundamentais os nossos programas de apoio à vinda de novas empresas, de forma bem forte a BMW e a fábrica de tratores de Garuva, a LS Tractor. Onde se instalam fábricas como estas, logo em seguida se instala um conjunto muito grande de novas unidades que vão atuar nesta cadeia produtiva. Joinville já tem uma base muito sólida com o centro de ferramentaria, que é um exemplo para o País. Nossa expectativa é de que aquela região receba um reforço muito grande de indústrias do setor de autopeças, consolidando um polo automotivo.

Repasse de ICMS

Sei que a Prefeitura de Joinville gostaria de ter um maior repasse de ICMS, o que não tem se mostrado viável por causa da Lei Kandir. Não tem como mexer naquela situação. Vamos tentar continuar compensando fazendo obras estruturais, como a Santos Dumont, que tem aquele problema de desapropriação. Vamos tentar acelerar porque é uma obra importante para a cidade.

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