O governador Raimundo Colombo retorna hoje a Santa Catarina. Vai encontrar, no mínimo, duas situações críticas que exigirão decisões políticas. Uma, interna e setorial, envolve a demissão da médica Cristina Machado Pires da Superintendência dos Hospitais Públicos da Secretaria de Saúde. A rebelião que se formava entre os diretores hospitalares foi contornada pelos secretários João Paulo Kleinubing e Murillo Capella. Mas o impasse permanece. Tanto que o novo superintendente, nomeado também pelo governador interino Eduardo Moreira, o médico Heron Felício Pereira, não assumiu o cargo.
Continua depois da publicidade
A segunda questão crítica é mais grave e abrangente porque decorre dos equívocos de Brasília. Os técnicos da Secretaria da Fazenda estão prevendo um ano “muito ruim”, com reflexos em Santa Catarina.
Já há estudos sobre renovação de contratos. Colombo disse na coletiva ao Grupo RBS que não haveria reajuste com base na inflação. As empresas contratadas na área de serviços terão que reajustar os salários dos empregados pelo salário mínimo ou pela inflação. Alegam que será impossível sobreviver sem reajuste.
Os prognósticos da Fazenda, pelo que a presidente Dilma vem decidindo, indicam que a arrecadação deve crescer zero ou até pior do que isso. Como o Estado tem aumento vegetativo da receita, o cinto terá que ser mais apertado na gestão e em medidas de contenção de despesas.
Continua depois da publicidade