No jantar que ofereceu a 19 governadores aliados na noite de segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff (PT) ouviu do catarinense Raimundo Colombo (PSD) que não apoiaria a proposta de recriação da CPMF. O Planalto já havia sinalizado que poderia ampliar a alíquota anunciada – 0,2% – para incluir os Estados na divisão do bolo, o que levou a proposta a contar com a simpatia de diversos governadores.
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Entre os defensores, o maranhense Flávio Dino (PCdoB) chegou a defender que os colegas assinassem um documento em favor da recriação do imposto. Foi nesse momento que Colombo afirmou que não poderia endossar a posição dos colegas e que a reunião fora convocada para “discutir os assuntos do governo federal e não dos Estados”. O pessedista teria defendido que o aumento de impostos deveria ser discutido com a sociedade e que não via clima para a volta da CPMF.
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Em entrevista à colunista Carolina Bahia, durante o Jornal do Almoço, da RBS TV, de ontem, Colombo reiterou a posição.
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– Acho que o governo precisa fazer os ajustes que está fazendo, vou ajudar na questão de custos, vou ajudar na discussão da questão da previdência. Mas do ponto de vista pessoal, eu tenho o compromisso com a sociedade catarinense de não apoiar o aumento de impostos.
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A presidente Dilma afirmou aos governadores que conta com empenho deles junto aos deputados federais de seus Estados para a aprovação das medidas do ajuste fiscal, incluindo a recriação do imposto. Também foi feito um apelo em relação à ameaça de abertura de processo de impeachment contra a presidente. A petista teria recebido apoio dos governadores aliados contra a proposta.
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