O governador Raimundo Colombo convocou o colegiado pleno para cobrar cortes de gastos em diversos setores da administração estadual em reunião realizada nesta segunda-feira no Centro de Eventos Luiz Henrique da Silveira, em Canasvieiras, no Norte da Ilha. Não há uma porcentagem exata de economia a ser realizada, mas um chamado para que internamente se pensem soluções de redução de custos do governo. A área da saúde é a que precisa de medidas mais acentuadas, enquanto a educação e a segurança pública apresentam um déficit de menor dimensão. Com quedas na arrecadação e aumento do custo da máquina, o governador Raimundo Colombo tem preocupação com o presente, mas especialmente o futuro. Ouça na reportagem:

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— Não estou trazendo um decreto meu para cancelar alguma coisa. Eu não acredito na eficiência de decreto. O que a gente vai fazer é, após a apresentação, reunir grupos de pessoas, e esses grupos vão construir, na visão deles quais as proposições que apresentam para a redução — afirmou o governador, em entrevista pouco antes do encontro que se estendeu pela tarde desta segunda-feira no Centro de Eventos Governador Luiz Henrique da Silveira, em Florianópolis.

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Antes do encontro, foram feitos estudos sobre os gastos por área para ajuda no planejamento dos cortes. Colombo acredita que consegue manter as contas em dia durante 2016, mas avalia que o cenário econômico pode piorar no ano que vem. A área que mais preocupa é da saúde.

— Temos uma área em que o custo explodiu, que é a saúde. É uma área em que vamos ter que tomar um cuidado muito especial. As outras áreas estão conseguindo sobreviver com o cronograma que está lá e não acredito que tenhamos surpresas — afirmou.

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O aumento de gastos na saúde foi causada por maior repasse de recursos a hospitais filantrópicos, gastos determinados por decisões judiciais e também pelo aumento da procura pelo serviço público em detrimentos dos planos de saúde. Efeito direto da crise, a movimentação aconteceu também na educação _ foram 25 mil matrículas a mais este ano nas escolas estaduais, segundo Colombo.

A maior preocupação nesse cenário é manter em dia a folha de pagamento dos servidores. Mesmo assim, o governador afirmou que não pretende mudar a posição contrário a aumento de impostos. Também garantiu que não vai paralisar obras em andamento, porque a maior parte delas é custeada por recursos de financiamento.

— Se a gente conseguir terminar 2016 com tudo em dia e o desemprego baixo, essa vai ser a grande obra do ano.