Quatro anos depois de assumir oficialmente a Federação Catarinense de Tênis (FCT), Rafael Westrupp se tornou uma figura conhecida e a entidade reapareceu para o grande público. Consequência do trabalho realizado no primeiro mandato dele na Federação. Na quinta-feira, dia 10, Westrupp deve ser confirmado como presidente da FCT. Ele foi o único a inscrever chapa para a eleição e o evento para confirmar seu nome é praticamente pró-forma.

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Os avanços na modalidade no Estado são visíveis. A começar pelas quadras da sede da Federação. O saibro deu lugar às quadras rápidas, roxas. A cor, uma referência ao maior evento organizado pela entidade, o WTA Brasil Tennis Cup. Esse torneio que tornou a Federação mais conhecida e trouxe para Santa Catarina atletas como Venus Williams, Carla Navarro, Francesca Shiavone e Garbiñe Muguruza. E ainda propiciou que a pernambucana Teliana Pereira quebrasse um jejum de 28 anos sem títulos brasileiros no WTA no país.

– A ideia de trazer o evento com a chancela da WTA foi do Jorge Lacerda (presidente da Confederação Brasileira de Tênis). A concepção do torneio sempre foi fomentar o tênis feminino no Brasil. Quando o evento foi comprado, em maio de 2012, a nossa melhor atleta no ranking era a Roxane Vaisemberg, número 294. No ano passado, quando a Teliana Pereira venceu o Brasil Tennis Cup, ela se tornou top-50. Não esperávamos que a evolução fosse tão rápida, mas ficamos felizes. Essa sempre foi a ideia – comemora Westrupp.

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O trabalho da Federação também é melhorar a base, um dos grandes desafios para fazer crescer a modalidade. A FCT trabalha em parceria com vários clubes ajudando com professores e materiais investindo em futuro atletas:

– Esse trabalho dos clubes é muito importante e apoiamos. Isso tinha sido deixado um pouco de lado. Um grande nome hoje é o Pedro Boscardin, que no ano passado foi vice-campeão mundial e ele ainda não tem 12 anos. Temos que investir na base.

A preparação de um atleta paralímpico

Os maiores orgulhos de Rafael Westrupp à frente da Federação são dois. O trabalho com os atletas amadores e com cadeirantes.

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– Quando entrei na FCT percebi que o atleta amador, que é 99,9% de quem joga, não participava mais dos nossos campeonatos. Fizemos um trabalho que culminou no dobro de inscritos nos nossos torneios. A média anual era de 140 inscritos por torneio e agora é de 290, mais de 100% de aumento – completa.

Das quadras da Federação teremos um atleta paralímpico. Do projeto de tênis para cadeirantes da entidade um se destacou e virou atleta: Ymanitu Silva. Quase garantido na Paralímpiada do Rio-2016, o catarinense treina na FCT, que é uma das principais apoiadoras dele.

– O Ymanitu tem patrocínios, mas ajudamos muito. Fornecemos bolas, a cadeira, rodas e técnico para ele. Do nosso programa de cadeirantes ele foi aquele que quis se arriscar como atleta e está próximo da classificação para a Paralímpiada. O investimento é próximo a R$ 4 mil por mês com tudo – completou o presidente.

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A atual diretoria já investiu R$ 700 mil na sede da FCT e nos próximos meses investirá mais R$ 500 mil. Olhando para frente, o futuro é promissor.

Para conferir, basta clicar na imagem abaixo.

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