A exemplo do volante Michel Schmöller, Rafael Grampola foi mais um jogador do JEC a pedir o apoio do torcedor nesta reta final da Série C. O atacante, no entanto, usou palavras mais duras e chegou a lamentar o fato de nunca ter visto a Arena Joinville cheia em um ano que está no clube. Segundo Grampola, a volta dos tricolores será fundamental para a reação do time.

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– Não é fácil ficar no Joinville. É uma pressão muito grande. Em um ano que estou aqui, nunca vi o estádio cheio. Quando cheguei ouvi falar que era 10 mil torcedores por jogo. Eu sei que a situação não está boa. Já mudou treinador, mudou diretoria e jogador, mas acho que está na hora de o torcedor mudar um pouco e acolher o time. Eu sei que é difícil – afirmou.

Rafael Grampola fez questão de frisar que este apoio não precisa ser direto aos jogadores, mas ao clube, que vive momento difícil.

– O que eu peço é que o torcedor tenha um pouco mais de carinho pelo Joinville. Não é pelo jogador, não. Infelizmente, a gente sabe que pelos jogadores não tem muita gratidão. Pode fazer 50 gols, mas se um mês não estiver bem, a torcida vai encher o saco. A gente acompanha as redes sociais. ‘Time que não presta’. Quando a gente vê aquilo ali e no campo as coisas não acontecem, é difícil. É uma pressão absurda. Mas o que a gente quer é que fique no lado do Joinville, não que fique ao lado de jogadores, comissão técnica, diretoria. A gente tem que esquecer isso.

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Por fim, Grampola disse que se a Arena encher e o Joinville vencer, o clima será diferente para a sequência na Série C.

– Ninguém sabe o que acontece aqui, nem a imprensa, somente jogadores. O quanto a gente renuncia para estar aqui. Chega ali dentro a gente só pensa no apoio, naquele #AbraceOJEC. Só queremos isso. Tem mil, dois mil torcedores, é claro, o time não está bem, gente sabe. Mas já na primeira bola que o cara erra ‘é ruim, não presta, tem que ir embora’.”Se a Arena lotar e tiver 10 mil pessoas, o Joinville jogar mal, mas ganhar de 1 a 0 vão ser três pontos, que vão dar força e motivação para sair dessa situação que tem desgastado muita gente – concluiu.