Rafael Costa é uma pessoa de poucas palavras. Suas frases são curtas e em frente as câmeras e microfones ele é envergonhado. A timidez é uma de suas características, mas ela fica fora de campo quando o atacante veste a camisa do Figueirense. Artilheiro do Campeonato Catarinense nas últimas duas edições, Rafa – como é chamado pelos companheiros de time – precisou jogar no interior de Santa Catarina para amadurecer e voltar para a Capital.
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O artilheiro foi formado na base do time do Sindicato dos Atletas Profissionais de São Paulo. Ainda jovem foi contratado pelo Avaí, maior rival do Figueirense. No Leão suas atuações eram inconstantes e a pressão enorme. Sem conseguir emplacar uma sequência de partidas foi emprestado três vezes antes de ser liberado. Foi assim que surgiu o Metropolitano na vida de Rafael e em Blumenau o camisa nove encontrou o caminho do gol e virou o maior artilheiro da história do clube, com 37 gols. O início do atacante no Figueirense também foi de muitos gols. Em quatro partidas com a camisa alvinegra Rafael Costa já marcou quatro gols.
– Eu tive um início muito bom no Metropolitano. Espero que aqui no Figueirense possa ser igual, começar fazendo gols e manter a média – disse Rafael Costa.
Um dos principais motivos para o amadurecimento de Rafael Costa se chama Guilherme e ele tem três anos. Gui é o único filho do atacante do Figueirense e foi homenageado recentemente pelo jogador, após um gol contra o América-RN na estreia da Série B.
– O Guilherme mudou a minha vida, me fez amadurecer e ser esse novo Rafael Costa – garantiu.
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Adilson Batista é um treinador que chama a atenção de vários jogadores. Alguns dos atletas do Figueirense estão nesta temporada no clube, por causa do treinador. Em pouco tempo com o novo comandante Rafael Costa já percebeu a qualidade de Adilson, mas não esqueceu de Abel Ribeiro, seu técnico no Metropolitano.
– O Adilson é um treinador diferente, renomado. Tudo que as pessoas falam dele é isso mesmo. O Abel (Ribeiro) me ajudou a ver que eu tinha outras qualidades e me orientou na parte da marcação e posicionamento. Aqui no Figueirense o Adilson me pede para marcar mais e tenho que absorver esses ensinamentos – contou o atacante.
No time de Blumenau a função de Rafael Costa era marcar gols, apenas. No Figueirense o atacante tem a necessidade de marcar. No esquema tática de Adilson Batista todos os jogadores tem que ajudar na marcação. Por isso Rafa tem sofrido um desgaste maior. O atacante não estava acostumado com o ritmo das partidas de uma Série B, e principalmente correr atrás dos laterais e volantes do time adversário.
– No Metropolitano eu não marcava e aqui no Figueirense eu tenho que fazer isso, o desgaste é maior. Com o tempo eu vou me acostumar e isso vai me desgastar menos. Tenho que voltar mais rápido da área quando estamos sem a bola e marcar a saída dos volantes explicou.
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Trabalho e humildade
Rafael Costa deixou saudades no Metropolitano e principalmente na torcida. Ele é ídolo no Metrô. Objetivo que Rafael Costa tem no Figueirense, mas que sabe que só será possível alcanças com trabalho, tempo e, principalmente, gols. Agora, o principal objetivo do atacante é deixar os torcedores alvinegros felizes.
– Não me vejo como ídolo, mas estou trabalhando para agradar a torcida e o clube. Agora ainda é cedo para dizer, mas espero pode ser um ídolo aqui.
Se Rafa vai ser ídolo no Figueirense só o tempo e a torcida vão dizer. Mas, o que é certo é que o artilheiro não vai desistir fácil, o amadurecimento para chegar no Furacão não foi fácil e a estrada foi longa e o que ele menos quer é perder a chance de brilhar na Série B.