Formado em TV e Cinema no Canadá, o catarinense Rafa Dias, 29 anos, que hoje vive na ponte entre Floripa e São Paulo, fez direção de programas na MTV e, em 2014, fundou com uma sócia o Dia Estúdio, produtora para internet e uma das quatro networks do Youtube no Brasil – única da região Sul. Os 24 canais administrados por ele ultrapassaram 1 milhão de seguidores, e os vídeos têm 10 milhões de visualizações por mês. No domingo (16), Rafa vai ministrar na Ilha o curso Bota a Cara e Faz!, voltado para produção e monetização de vídeos para a web. Clique aqui para conferir se ainda há vagas disponíveis.

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Convidado da semana na coluna Meu Som, ele falou sobre a relação da música com as produções para a web e compartilhou com o Anexo suas preferência musicais:

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No dia a dia

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Não sou o tipo de pessoa que consegue fazer tudo com música. Ouço, por exemplo, todo dia na academia. E eu sou bem fora da casa, porque escuto coisas como bossa nova ou Maria Gadu na esteira. Gosto de colocar um som no escritório também, mas não em momentos de trabalho, concentração. Ouço música apenas no computador e no celular, não tenho nenhum hábito de vinil ou CD.

Estilo

Eu sempre sou da bossa nova, da MPB, mas também gosto muito de releituras pops, mashups.

Na infância

Eu ouvia muito Roberto Carlos, porque meu pai é completamente aficcionado. Os especiais de fim de ano já viraram piada na minha família, porque ele sempre tinha de estar em casa. Quando ele teve condições, começou a comprar todos os álbuns que não tinha, em todas as versões. Eu acabei indo nessa e também sou muito fã do Roberto. Essa coisa de gostar de música brasileira vem muito dos meus pais.

Música e Youtube

O maior pilar do YouTube em termos de audiência hoje é a música. É um segmento ultraimportante. Em relação à produção de vídeos, ela também é fundamental. E, com esta questão da monetização, a gente sempre tem de ter música original. Isso faz com que se desenvolva um exercício bem importante para elaborar processos, falar com pessoas para criar versões ou então conseguir autorizações de gravadoras que dificilmente liberam licenças para internet. O grande ponto positivo é que abre espaço para novos artistas entrarem em grandes produções.

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Shows inesquecíveis

Paul McCartney na Ressacada foi incrível, porque além de ser fã, eu estava trabalhando, fazendo a cobertura em vídeo do show e tinha toda uma responsabilidade profissional. Outro inesquecível foi quando conheci a Beyoncé, que ainda não era “a Beyoncé”, no Canadá. Ela e John Mayer se apresentaram na inauguração de uma loja e, na época, não eram nada do que são hoje.

O que gostaria de ver

Queria muito ter ido a um show de Ivete e Criolo cantando Tim Maia. Cheguei a ver locais, datas, pesquisei passagem, mas acabei não conseguindo. Uma coisa que quero muito ver é a Ivete fazendo um show em um teatro, uma coisa mais intimista.

Para todo mundo ouvir

Um álbum que ouço muito e pelo qual estou completamente apaixonado é o do Criolo e da Ivete cantando releituras de Tim Maia. O disco é lindo. Outra artista que estou escutando muito é Flora Matos. Conheci o trabalho dela há pouco tempo e estou encantado.

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Para assistir

Across the Universe. É maravilhoso, um filme musical fantástico.

Na pista

Este negócio de ser DJ de vez em quando veio do fato de eu gostar de coisas tipo Fat Family e outras músicas brasileiras boas que são para a pista, mas que as pessoas não costumam tocar. Então juntei a minha vontade de ouvir esse tipo de som na balada com as oportunidades que foram surgiram, por conta da exposição com o Programa de um Cara Só. Em geral toco apenas em comemorações ou ocasiões especiais. Quando me convidam, só aceito se for para tocar música brasileira. Então, acaba não sendo tão frequente, porque as pessoas pedem muito o pop internacional, o que eu não faço tanta questão.

Ping musical

Para levantar a pista: Fat Family

Para ouvir em São Paulo: Queixa, Caetano Veloso

É a cara de Floripa: Dazaranha

Está no repeat: Tá Combinado, uma versão de Caetano, Gil e Ivete no especial de fim de ano

A que não cansa: versão de Fera Ferida, da banda R5, cantada pela Emilia Carmona