A Rádio Super FM, de Papanduva, no Norte de Santa Catarina, se envolveu em uma polêmica na terça-feira, 12, ao responder para um ouvinte que não tocaria a música Parabéns, de Pabllo Vittar feat. Psirico com a alegação de que “Não sabemos se ele é homem ou mulher”.
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Com a divulgação da conversa do Whatsapp vários internautas começaram a enviar mensagens para a rádio pedindo a música e o assunto ganhou destaque nas redes sociais e está sendo tratado como um caso de homofobia.
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é isso que recebemos ao pedir as musicas da @pabllovittar nas rádios, depois não me veem dizer que homofobia não existe, taokey????
essa é a radio pic.twitter.com/ALV1joq3rv— sergio (@osergiosantos18) 12 de novembro de 2019Continua depois da publicidade
kkkkkkk fodac pic.twitter.com/mpLxmCbia1
— luiz fernando (@luizfv_) 12 de novembro de 2019
não me aguentei desculpa pic.twitter.com/TbnBC1ImDu
— pietro (@exawust) 12 de novembro de 2019
Diante da acusação, a rádio se pronunciou publicando uma nota de esclarecimento em sua página no Facebook.
"Devido ao ocorrido no dia de hoje a Direção e a Equipe Da Super FM vem esclarecer.
Sabemos que foi errado o que foi falado na conversa no whatsapp (conversa particular entre ouvinte e locutor ) , pedimos desculpas por isso, o responsável pelas respostas já foi identificado e responderá internamente e administrativamente pelo ocorrido. Mas uma vez toda a equipe da rádio pede desculpas e reforçamos que a rádio não possui posicionamentos preconceituosos de qualquer natureza. Somos contra qualquer tipo de preconceito e desrespeito."
Antes mesmo de publicar o pedido de desculpas a rádio publicou um post avisando que iria tocar a música à pedido dos ouvintes.
Lei de racismo pune homofobia e transfobia
Em junho deste ano o Supremo Tribunal Federal decidiu enquadrar homofobia e transfobia no crime de racismo, tornando o Brasil o 43º país a criminalizar as práticas. De acordo com a decisão é considerado crime ‘praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito’ em razão da orientação sexual da pessoa. A pena é de um a três anos, podendo aumentar de dois a cinco anos caso ocorra ampla divulgação em meios de comunicação e redes sociais.
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