A cada hora, pelo menos 23 motoristas são multados no trânsito de Joinville. São duas novas infrações a cada cinco minutos. É essa a média de registros do sistema de fiscalização eletrônica no último mês de setembro, que fechou com 17 mil autuações – cerca de 566 multas por dia.

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O acumulado de abril a setembro soma quase 50 mil infrações por excesso de velocidade, desrespeito ao sinal vermelho ou parada sobre a faixa de pedestres. Mas a maior fatia está concentrada entre agosto e setembro (com 17 mil autuações em cada período) porque foi nesses últimos dois meses que a instalação de todos os equipamentos previstos para 2015, iniciada em abril de forma gradativa, foi concluída.

O ponto campeão de multas é o cruzamento da ruas Graciosa e Florianópolis, na zona Sul, que dá acesso aos bairros Itaum e Guanabara. Naquele ponto, a fiscalização eletrônica registrou 6,2 mil infrações entre abril e setembro.

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É mais que o dobro de multas geradas no radar da rua Iririú, em frente à Sociedade Alvorada, e no cruzamento da avenida Paulo Schroeder com a rua Boehmerwald, ambos com 2,7 mil infrações registradas.

A maioria das multas tem origem no acelerador – 72% das infrações são por excesso de velocidade. Mas outro dado chama a atenção: pelo menos uma em cada quatro infrações foi cometida por motoristas que avançaram o sinal vermelho (26%).

A avaliação do Departamento de Trânsito de Joinville (Detrans) é de que os números são expressivos, mas devem baixar nos próximos meses.

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– Com o passar do tempo, esses equipamentos vão ficando conhecidos. A tendência, certamente, é de que os números baixem – analisa o diretor de trânsito do Detrans, Eduardo Bartniak Filho. Os radares ainda são “novidade” porque a vigilância eletrônica ficou suspensa durante dois anos após o fim do contrato anterior.

Os avanços tecnológicos, aponta Bartniak, também contribuíram para impulsionar as multas. Antigos radares, diz ele, usavam filmes fotográficos e deixavam de registrar infrações quando alcançavam o limite de 36 poses. Com a digitalização das imagens, não há mais esse risco.

Dinheiro deve ser investido no trânsito

O montante arrecadado com as multas, informa o Detrans, não fica inteiramente à disposição da Prefeitura. Nem toda multa gerada é paga imediatamente pelo infrator – normalmente aguarda-se a renovação do licenciamento para quitar o débito. E os valores são compartilhados: 80% ficam com o município e 20% vão para o Estado (10% ficam com a Polícia Civil e outros 10%, com a PM).

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Parte da verba, afirma o diretor de trânsito do Detrans, Eduardo Bartniak Filho, é direcionada ao aluguel dos equipamentos (cerca de R$ 200 mil), além dos custos com os Correios e tarifas bancárias, necessários para as cobranças. O restante tem de ser revertido em ações para o trânsito.

– Usamos em serviços de sinalização, manutenção, troca de lâmpadas, pagamento de energia, uniforme de agentes e compra de viaturas. Tudo aquilo que está ligado ao trânsito – justifica.