A partir de 1º de fevereiro, os 73 radares desativados em maio do ano passado por determinação judicial voltam a funcionar na região central de Florianópolis. A instalação pode se estender por quatro meses e será realizada pela empresa Eliseu Kopp e Cia, que entrou com recurso e passou à frente da Engebrás no processo de licitação.
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Dos 73 novos aparelhos, 63 serão instalados na Avenida Beira-Mar Norte, onde, de acordo com o Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf), foi registrado um aumento de 50% no número de acidentes, além de um veículo trafegando a 160km/h, enquanto os radares estavam desativados. Os 10 restantes serão distribuídos no Centro, Continente e Trindade.
Mais modernos do que os equipamentos anteriores, estes registram, além de excesso de velocidade, avanço de sinal vermelho e parada sobre a faixa de pedestres. Quatro deles, inclusive, conseguem identificar se o veículo está em dia com a documentação ou se foi furtado.
– Em determinados pontos, o radar, que chamamos de equipamento de fiscalização eletrônica de trânsito, irá registrar toda a situação do veículo, e não somente se está dentro da velocidade permitida – explica o superintendente do Ipuf, José Carlos Rauen.
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O processo de licitação dos radares foi aberto em outubro do ano passado, como resultado de uma determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) devido a denúncias de irregularidades no contrato entre a Engebrás, responsável pelo serviço desde 2005, e a prefeitura.
Quatro empresas chegaram até o final do processo e a escolhida teria que apresentar menor preço. Em dezembro, na abertura dos envelopes, o Ipuf anunciou a Engebrás como vencedora da licitação. Mas, a Eliseu Kopp, segunda colocada, entrou com recurso, que foi aceito pela comissão de licitação do Ipuf.
– Ela alegou que o valor da Engebrás, de R$155 mil mensais, era variável e apresentava mais de uma interpretação. A comissão decidiu aceitar o recurso e voltou atrás na decisão – explica Rauen.
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A Kopp vai receber um valor fixo de R$192 mil mensais por um contrato de quatro anos. A Engebrás pode recorrer da decisão do Ipuf na Justiça.