O presidente do Movimento Nacional de Educação para o Trânsito (Monatran), Roberto Bentes de Sá, lamentou a suspensão dos radares de rodovias federais. A ordem foi dada pelo presidente Jair Bolsonaro ao Ministério da Justiça e publicada nesta quinta-feira (15) no Diário Oficial da União.

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— Meu Deus, para que mexer com isso? — questionou Sá, em entrevista a Mário Motta durante o Notícia da Manhã desta quinta.

O presidente do Montaran alerta que muitos motoristas, se não se sentirem vigiados, mudam seu comportamento no trânsito e teme o aumento no número de acidentes com vítimas:

— O radar é de grande importância. O ideal seria não precisar utilizá-los, mas a realidade é outra. Os radares são um mal necessário. A supressão vai trazer problemas sérios, envolvendo vidas. É uma ideia infeliz (a retirada).

Bentes de Sá ressalva, contudo, que todos os tipos de radares devem ser sinalizados, para que cumpram a finalidade preventiva. Caso contrário, argumenta, são apenas "ciladas".

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— Tem de haver a sinalização de que aquele trecho está sendo monitorado por radares. E verificar se estão realmente em locais necessários ou apenas como armadilha. É com isso que o presidente deveria se preocupar: um estudo da posição desses radares e da sinalização.

A medida do governo federal suspende o uso de três tipos de radares:

Estático: instalado em veículo parado ou sobre suporte;

Móvel: instalado em veículo em movimento;

Portátil: direcionado manualmente para os veículos;

Os pardais fixos, em postes, como os instalados ao longo da BR-101, não são afetados pela suspensão e seguem em operação.

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