O primeiro fim de semana de convenções partidárias para as eleições 2022 em Santa Catarina terminou com a definição de quatro candidaturas ao Governo do Estado. Além disso, as siglas definiram as primeiras alianças, mesmo em meio a disputas internas, que levaram, inclusive, a uma tentativa de impugnação.
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O “Supersábado” começou com a confirmação da candidatura do senador Esperidião Amim para o governo do Estado pelo Progressistas. Ainda sem anunciar um nome para o cargo de vice-governador, a escolha foi feita por aclamação em evento que ocorreu em São José, na Grande Florianópolis.
Além da presença de apoiadores, a confirmação da candidatura de Amin também contou com um sinal importante neste sábado (23). Isto porque o senador chegou à convenção acompanhado do ex-governador Leonal Pavan (PSDB), o que sinaliza uma possível aliança às eleições de outubro.
O desejo do PP é de que o partido ocupe a cadeira de vice, enquanto a vaga do Senado seria destinada ao PTB.
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Aliança com Moisés e pedido de impugnação marcam o MDB
Considerada uma das convenções chaves para essas eleições, a reunião do MDB, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), terminou com a escolha do ex-prefeito de Joinville, Udo Döhler, como candidato a vice-governador na chapa do atual governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (Republicanos).
A vitória do empresário ocorreu por uma diferença de 83 votos e foi marcada por um embate interno dentro do partido. Isto porque o ex-prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli, disputava a indicação para concorrer ao cargo de governador nas eleições de outubro.
A convenção foi marcada por discursos acalorados e acusações de traições, o que expôs ainda mais o racha entre os emedebistas. Entre os filiados, aqueles que apoiavam Antídio alegavam uma renovação. Já em relação a Udo, o argumento era de viabilidade eleitoral.
Porém, o ex-prefeito de Joinville levou a melhor na disputa, que também definiu Celso Maldaner como o escolhido para concorrer ao Senado. Antes mesmo do fim da votação, porém, Antídio entrou com pedido de impugnação da candidatura de Udo. Ele alega que o registro é inexistente.
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O ex-prefeito de Joinville, por meio da assessoria, afirma que fez a inscrição duas vezes. Até a publicação da reportagem, o partido ainda não tinha se manifestado sobre o pedido.
A aliança com o atual governador foi selada na convenção do Republicanos, que também ocorreu neste sábado e confirmou o lançamento da candidatura de Moisés à reeleição. Udo Döhler marcou presença no evento, ostentando o número do partido de Moisés, e recepcionou o companheiro de chapa na chegada à Alesc.
Em seu discurso durante a convenção, Moisés fez comparações da seu gestão com as anteriores e chamou os opositores de “turma do contra” para rebater as críticas, como trouxe o colunista do NSC Total, Ânderson Silva.
Gean reforça aliança entre União Brasil e PSD
O “Supersábado” contou, ainda, com o lançamento da candidatura do ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, para o cargo de governador pelo União Brasil. Ao seu lado, na chapa, estão Eron Giordani, para o cargo de vice, e o ex-governador Raimundo Colombo, para o Senado, do PSD.
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A convenção que confirmou a aliança ocorreu no CentroSul, em Florianópolis, e contou com a presença de filiados e apoiadores. A única ausência foi de Colombo que, diagnosticado com Covid, mandou um vídeo de apoio à candidatura de Gean.
Em seu discurso, Gean se impôs como um candidato que será oposição de Carlos Moisés. Ele, inclusive, aproveitou o evento para criticar a atual crise na saúde e outras posturas do atual governador, como trouxe o colunista Ânderson Silva.
O fim de semana terminou, ainda, com a confirmação da candidatura de Alex Borges Alano ao Governo do Estado pelo PSTU. A convenção ocorreu neste domingo (24), de forma on-line, e definiu Ganriela Santetti Celestino como candidata a vice e Gilmar Salgado dos Santos, para o Senado, em chapa pura.
Na semana passada o Novo já havia confirmado a candidatura do promotor de Justiça Odair Tramontin para o cargo de governador. Sem coligações, o partido anunciou o empresário Ricardo Althoff, como vice-governador, e o médico oftalmologista Luiz Barboza Neto para o Senado. A convenção ocorreu na quarta-feira (20) de forma virtual.
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Os próximos passos
Apesar do fim de semana intenso na política catarinense, algumas situações ainda precisam ser definidas até o registro oficial das candidaturas. Por exemplo, o PP ainda tem que anunciar quem será o candidato a vice e quem concorrerá ao Senado na chapa.
Também faltam ocorrer as convenções de partidos como o PT – que deve lançar Décio Lima para o cargo de governador -, o PL – que anunciará o senador Jorginho Mello para o governo e Jorge Seif Júnior ao Senado -, o Pros – com a candidatura de Ralf Zimmer para governador -, PSDB e PSB – que devem anunciar apoio a outros partidos.
Veja o calendário das próximas convenções:
PT
- 25 de julho, 19h, na Assembleia Legislativa (Alesc), em Florianópolis
- O que está em jogo: confirmação da candidatura de Décio Lima ao governo ou apoio a candidatura de outro nome da Frente de Esquerda
PSDB
- 2 de agosto, 10h, na sede do PSDB
- O que está em jogo: apoio a alguma candidatura, com possível indicação de vice ou Senado
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PL
- 5 de agosto, 20h, Associação Catarinense de Medicina (ACM), em Florianópolis
- O que está em jogo: confirmação da candidatura de Jorginho Mello a governador
PSB
- 5 de agosto, horário e local a definir
- O que está em jogo: confirmação da candidatura de Dário Berger a governador ou apoio a candidatura de outro nome da Frente de Esquerda
Pros
- Data, horário e local a definir
- O que está em jogo: confirmação da candidatura de Ralf Zimmer Júnior a governador
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