Em entrevista coletiva na sede da Polícia Federal em Curitiba, o delegado Igor Romário de Paula e o procurador Carlos Fernandes Santos Lima explicaram a 12ª fase da Operação Lava-Jato, que prendeu o tesoureiro do PT, João Vaccari, colheu depoimento da esposa, Giselda Rousie de Lima, e ainda procura Marice Correa de Lima, sua cunhada, que tem prisão temporária decretada.

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Quebrando o sigilo de Giselda, a força-tarefa da Lava-Jato encontrou depósitos não identificados de cerca de R$ 300 mil no período de três anos. O procurador Carlos Fernandes falou, ainda, sobre a suspeita de operações de lavagem de dinheiro na conta da filha de Vaccari, Nayara de Lima Vaccari.

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Ao justificarem a prisão de Vaccari, o procurador e o delegado argumentaram que há indícios concretos de que houve “reiteração criminosa” do tesoureiro após a ação penal no caso Bancoop.

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A força-tarefa identificou ainda o pagamento de propina por corruptores em falsa prestação de serviços por uma gráfica. A gráfica, que, segundo o procurador, não prestou o serviço pelo qual foi contratada, tem ligações com a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Os agentes da Lava-Jato, porém, não especificaram qual seria essa ligação.

Segundo Carlos Fernandes, a posição de João Vaccari no caso Petrobras é semelhante à de Alberto Youssef. Ambos seriam operadores do esquema ligados a uma organização partidária, ao PT e ao PP, respectivamente.

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As informações que basearam as ações desta fase da operação foram fornecidas pelos delatores Paulo Roberto Costa, Alberto Youssef, Júlio Camargo, Augusto Mendonça e Pedro Barusco.