Uma das perguntas mais recorrentes entre as pessoas que dispõe de algum dinheiro guardado e estão pagando a prestação de um imóvel é se vale mais a pena investir no mercado financeiro ou quitar o financiamento imobiliário. De fato, essa não é uma pergunta com uma resposta óbvia, pois é preciso analisar todos os fatores que estão envolvidos na questão, levando em conta, inclusive, o perfil da pessoa envolvida.
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— É importante que o caso seja analisado de forma individual, pois muitos fatores entram em jogo em um contrato de financiamento, por exemplo, prazo, modalidade do financiamento, juros… Dentro do mercado financeiro é a mesma coisa: antes de tudo, é necessário avaliar seu perfil de investidor, o valor que pretende investir, a sua disposição para fazer aportes mensais, os juros envolvidos e os prazos de aplicação — explica a especialista em investimentos da Warren, Ludmila Rosa Marques.
Faça os cálculos e a análise das variáveis envolvidas
Para saber se é mais vantajoso investir no mercado financeiro ou quitar um imóvel é necessário que todas as variáveis envolvidas em ambas as situações sejam analisadas e levadas em consideração na hora de fazer o cálculo. Por exemplo, quando pensamos no valor que é necessário para a quitação de um financiamento imobiliário, precisamos fazer um contraponto, analisando o quanto um investimento renderia a longo prazo. Para que, na mesma proporção do contrato de crédito, haja a possibilidade dos juros compostos trabalharem a favor do interessado através do investimento.
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— Para isso, não é necessário que os juros do financiamento sejam iguais ou menores do que os juros do investimento. Um exemplo: pense em um financiamento com valor de R$ 100.000,00 durante 240 meses, com uma taxa de 8% ao ano. Agora imagine para o mesmo período um investimento deste valor, com taxa de 6%a.a. Ao final, você terá pago aproximadamente R$ 77.120,00 de juros no financiamento, enquanto no investimento terá recebido R$ 196.367,38, uma diferença de R$ 119.247,38. Essa é a mágica do juros composto — exemplifica Ludmila.
Conheça seu perfil de investidor e defina aonde quer chegar
Porém, se você acha que tudo se resume a fazer os cálculos de juros compostos corretamente, está enganado. A verdade é que, para chegar à resposta ideal, é essencial entender primeiro qual é o estágio de vida da pessoa que possui o dinheiro e o financiamento imobiliário, o seu perfil de investidor e os seus objetivos de vida.
Dessa forma, para escolher qual seria o investimento mais adequado, por exemplo, não seria preciso somente analisar os ganhos que esse investimento pode gerar, mas também entender os riscos que o investidor está disposto a correr e os seus planos para o futuro a curto e longo prazo. Somente assim é que uma carteira pode ser elaborada com eficiência.
Já quando analisamos o mercado imobiliário, deve ser considerado o custo efetivo total do contrato de financiamento, o que não é somente a taxa de juros. Este custo inclui encargos, tributos, IOF, seguro e demais despesas que podem estar embutidas em uma prestação.
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Devo comprar um imóvel ou alugar? Uso o meu dinheiro para pagar ou linhas de crédito?
Segundo Ludmila, outro questionamento comum dos investidores é também sobre a possibilidade de comprar um imóvel com recursos próprios ou utilizar linhas de crédito. Há também aqueles que perguntam se devem comprar mesmo um imóvel ou se é mais vantajoso alugar.
— Todas estas perguntas precisam ser analisadas com contexto e perspectiva. Afinal, estamos em uma geração que vem desmistificando o “ter” pelo “usufruir”, e isso faz com que seja necessário analisarmos caso a caso, pois nem sempre a propriedade de um imóvel, por exemplo, indica boa saúde financeira — ressalta a especialista em investimentos.
Importância da atuação de um consultor financeiro
Como você pôde observar, chegar às respostas certas nem sempre é uma tarefa das mais simples. Por isso, é importante o auxílio de um profissional do mercado financeiro, que irá não apenas fazer uma análise das melhores opções para o seu perfil, mas irá também zelar por sua saúde financeira, visando a construção e a gestão de uma carteira de ativos alinhada ao seu perfil e aos seus objetivos de vida, para que de fato você consiga alcançá-los.
— Você entraria em um avião sem um piloto com plano de voo? Certamente não! No mercado financeiro é exatamente assim e o consultor é quem irá construir este planejamento com você, com as melhores rotas para chegar ao seu destino — destaca Ludmila.
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A especialista em investimentos alerta para que os investidores fiquem atentos quanto às formas de atuação dos profissionais que auxiliam na escolha dos ativos que irão compor sua carteira de investimentos.
— Há profissionais que operam com um modelo de comissões, o que gera um conflito de interesse, já que, como a comissão varia a cada produto indicado, pode ser que não necessariamente os produtos recomendados sejam os melhores de fato para o seu perfil. Por isso, é mais seguro que o investidor procure um consultor financeiro que trabalhe com um modelo de taxa única, tornando assim a relação com o cliente mais transparente e clara — finaliza Ludmila.
Para garantir uma escolha mais assertiva com relação ao investimento, é importante contar com o amparo de profissionais que atuam com transparência e credibilidade, além, é claro, de seguir o conselho da especialista e buscar por consultores que atuem com modelo de taxa única, garantindo um melhor investimento.
Conheça mais sobre as práticas realizadas pela Warren e conte com o suporte de uma empresa transparente e inovadora.
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