O Rio Grande do Sul confirmou a quinta morte por leptospirose desde o início das enchentes nesta segunda-feira (27). A vítima era moradora de Viamão, na região Metropolitana do Estado. A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual da Saúde.

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Consultada, a Prefeitura de Viamão informou ainda não ter sido comunicada sobre o óbito. Isto porque, em algumas situações, o caso é reportado pela rede privada de saúde. Portanto, até o momento, não há detalhes sobre a idade e sexo da vítima.

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As quatro mortes anteriores foram registradas em Travesseiro, no Vale do Taquari; Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo; Cachoeirinha, na região Metropolitana, e Porto Alegre. De acordo com a ZGH, O levantamento mais recente mostra que 1.588 casos suspeitos da doença foram notificados até o momento. Desses, 124 foram confirmados e 922 seguem sob investigação.

O que é leptospirose

A leptospirose é causada pelo contato de seres humanos com urina de animais infectados – principalmente ratos – pela bactéria lepstospira. Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial, na panturrilha) e calafrios.

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O que acontece no corpo quando temos leptospirose

O contágio pode ocorrer a partir do contato da pele com água contaminada, e por meio de mucosas. Os sintomas surgem normalmente de cinco a 14 dias após a contaminação, podendo chegar a 30 dias.

Sintomas da Leptospirose

Antes de mais nada, o período de incubação da bactéria Leptospira tende a ser de sete a 14 dias depois da exposição. Por isso, os sintomas dificilmente vão aparecer logo após o contato com a bactéria. De forma geral, a doença pode ter duas fases: a precoce e a tardia, sendo que cada uma tem sintomas específicos.

Fase precoce

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dor muscular, principalmente nas panturrilhas
  • Falta de apetite
  • Náuseas/vômitos

Fase tardia

  • Síndrome de Weil: tríade de icterícia, insuficiência renal e hemorragias
  • Síndrome de hemorragia pulmonar: lesão pulmonar aguda e sangramento maciço
  • Comprometimento pulmonar: tosse seca, dispneia, expectoração hemoptoica
  • Síndrome da angustia respiratória aguda: SARA
  • Manifestações hemorrágicas: pulmonar, pele, mucosas, órgãos e sistema nervoso central

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A Secretaria de Saúde do Paraná aponta que cerca de 15% dos casos de leptospirose evoluem para a fase tardia, e é nesse momento que o risco de morte é maior.

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