A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SC) reuniu, na manhã desta quarta-feira (8), os seis candidatos que disputam a prefeitura da Capital. Com um formato mais engessado, privilegiando questões elaboradas pela própria entidade, o debate foi morno, sem maiores enfrentamentos. Mesmo no bloco em que foram feitas perguntas de candidato para candidato, a estratégia de se evitar confrontos se repetiu.
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Com a maior parte das perguntas elaboradas por comissões da Ordem e sorteadas na hora, o tema meio ambiente ganhou destaque. Angela Albino (PC do B) respondeu a primeira questão sobre saneamento básico, qualidade da água e do esgoto lançado. A candidata aproveitou a resposta para reafirmar sua estratégia de se apresentar como representante do governo federal. Lembrou que a presidente Dilma Rousseff (PT) destinou R$ 460 milhões para o sistema de saneamento básico de Florianópolis e que a aproximação com a União é fundamental para a ampliação e melhoria do sistema.
Elson Pereira (PSOL) foi questionado sobre as sete unidades de conservação da Capital e suas propostas para a estruturação da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram). O professor descreveu sua candidatura como “ecologicamente engajada” e afirmou que não investiria somente nestas unidades, mas também naquelas não garantidas em lei e reivindicadas pela população, como áreas no Pântano do Sul, Campeche e municipalização e recuperação do Parque Estadual do Rio Vermelho.
Para Gilmar Salgado (PSTU) uma pergunta foi sobre áreas, como o Parque da Luz e a Praça Celso Ramos, que não contam com estrutura adequada. Segundo o candidato, hoje existem nove parques públicos mapeados na cidade e engavetados. Lembrou ainda que locais como os parques do Peri e de Coqueiros surgiram de iniciativas populares. Ele afirmou ainda que a Prefeitura não destina recursos para o setor e que o escândalo da Moeda Verde mostrou que os espaços verdes estão sendo vendidos para empreendimentos de luxo.
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Ainda na temática verde, Gean Loureiro (PMDB) foi questionado sobre a adoção de incentivo de preservação de áreas verdes com o IPTU Ecológico. Apostando no discurso da continuidade, o peemedebista destacou a política ambiental já adotada pela Prefeitura e a criação do Fundo Municipal do Meio Ambiente. Segundo Gean, a Prefeitura está investindo na estrutura da Floram para que a Fundação se responsabilizasse por todo o licenciamento ambiental do município. Isso, de acordo com ele, resultaria no aumento da arrecadação, com recursos destinados à investimento projetos ambientais.
A mobilidade urbana foi abordada por César Souza Júnior (PSD) questionado sobre a falta de áreas de estacionamento no centro. Para o candidato, mais importante do que garantir áreas de estacionamento é fazer com que as pessoas não se desloquem para o centro usando automóveis. César disse que não concorda com rodízio de placas e que adotar esse sistema seria “declarar a falência” da Prefeitura. Para ele, falta uma estrutura qualificada na administração para ordenar e planejar o trânsito.
Já Janaina Deitos (PPL) falou sobre o crack ao responder uma perguntas sobre suas propostas para combater o uso das drogas. A candidata lembrou que hoje é mais barato comprar uma pedra de crack do que ir a um cinema ou teatro. Afirmou que, quando o assunto é drogas, só se fala em repressão. Para Janaina, a repressão policial é importantes, principalmente focada no traficante, mas que também é necessário investir em centros de internações para usuários e em ações sociais de prevenção, para manter o jovem longe das drogas.
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