Na segunda metade do século 19, o escritor Marcel Proust gostava muito de um jogo de salão no qual os participantes respondiam perguntas que revelavam um pouco de sua personalidade. Em homenagem ao autor de Em Busca do Tempo Perdido, o passatempo ficou conhecido como Questionário Proust. Confira as respostas de Zé Dassilva.
Continua depois da publicidade
Zé Dassilva: “Saí de SC, mas SC não saiu de mim”
Perfil: Este tal José da Silva
Qual é a sua maior qualidade?
Talvez seja o fato de estar sempre disposto a aprender, a ver que errei, a não me abraçar a uma ideia só. Fico feliz quando mudo de opinião sobre alguma coisa. Gosto de pensar que isso contribue para o crescimento da pessoa.
Continua depois da publicidade
E seu maior defeito?
Não tenho um maior defeito: eles são enormes, mas são todos do mesmo tamanho!
A característica mais importante em um homem?
Respeitar homens e mulheres de forma igual.
E em uma mulher?
Respeitar homens e mulheres de forma igual.
O que você mais aprecia nos seus amigos?
Oscar Wilde (escritor, poeta e dramaturgo britânico) dizia que escolhia os amigos pela beleza e os inimigos pelo intelecto, mas não consigo imitar isso. Meus amigos geralmente são pessoas que considero mais inteligentes do que eu, pessoas com quem eu possa aprender – apesar de eles serem, em sua maioria, feios!
Sua atividade favorita é¿
Concluir um texto ou desenho que me agrade, que me faça pensar que está com boa qualidade – mesmo que, no dia seguinte, eu mude de opinião sobre ele.
Qual a sua ideia de felicidade?
Chegar mais perto do que se almejou, nem que a pessoa tenha almejado apenas passar o dia na rede.
Qual seria a maior das tragédias?
Ainda é a morte, dizem.
Quem você gostaria de ser, se não fosse você mesmo?
Tem uma história que escrevi uma vez, inspirada em A Metamorfose, de Kafka, sobre um cara que acordava e via que tinha se transformado no Paul McCartney. Se pudesse, eu ia querer viver isso. Deve ser bom ser o Paul, né?
E onde gostaria de viver?
Volta em meia, penso em voltar para Florianópolis ou, quando vou ao exterior, deliro: e se eu morasse aqui? Mas o fato é que estou há 15 anos no Rio de Janeiro e não sei se sairia de lá.
Continua depois da publicidade
Seus autores preferidos?
Em texto ou em cartum? Vai nos dois, então. Talvez em texto seja Balzac (na ficção) e Norman Mailer (no jornalismo), já que li mais livros deles do que dos outros. Na charge diária eu aponto o Angeli, e, nos quadrinhos, o Laerte.
Seu compositor favorito é¿
Escuto muita coisa diferente, a maioria rock. Mas vou citar um cara que não é roqueiro: Adelino Moreira, que fazia as músicas de Nelson Gonçalves.
E os pintores que mais curte?
Inevitável citar aqueles que todo mundo gosta, tipo Van Gogh ou Degas… Mas eu sempre olhei com atenção especial para Hieronymus Bosch, que pintava no século 15 um tipo de quadro que ninguém fazia naquela época.
Qual sua palavra favorita?
Vamos.
Qual seu atual estado de espírito?
Concordando com a frase “a vida começa aos 40”.
Que defeito é mais fácil perdoar?
A curiosidade.
Qual é o seu lema de vida?
Talvez seja a frase que sempre fale sozinho, uma frase que via meu pai falar para si próprio quando mais jovem: “Vamos, Zé”.
Continua depois da publicidade