Alberto Bial foi apresentado oficialmente na tarde desta quinta-feira como novo treinador do Blackstar, de Joinville. O técnico volta após oito anos, quando deixou o comando de outro time da cidade. No retorno, ele afirmou que saiu sem terminar seu ciclo e tem objetivos em mente para completar à frente do novo desafio. Um deles é o título do Campeonato Brasileiro, que começa em fevereiro de 2020.

Continua depois da publicidade

Na primeira fala à imprensa, o treinador estava em frente dos atletas e comissão técnica da equipe. Elogiou a estrutura que tem para trabalhar e o apoio das empresas da cidade que decidiram fazer parte do projeto. Ressaltou que sempre foi movido a desafios e gostou da proposta do presidente do Blackstar, Rodrigo Lima, fazendo-o lembrar da época em que foi feliz em Joinville.

— Não completei aquilo tudo que eu gostaria de ter realizado aqui de 2004 a 2011. O Blackstar tem um empreendedorismo que eu acho legal, além da coragem e a maneira de olhar para frente, de tentar as coisas mais difíceis. Isso mexeu comigo — explicou.

Durante a primeira passagem pela cidade, o técnico conquistou 32 títulos. No entanto, ele disse que o projeto foi interrompido de uma maneira brusca, sem que pudesse ter avançado mais no âmbito social. Bial acredita que poderia ter deixado Joinville, que já tem força no futebol e futsal, ainda mais pujante no basquete.

— São poucas as cidades que sabem torcer pelo basquete, como Franca e Joinville. Eu sei que essa cultura está dentro do povo joinvilense e eu sinto que fiz parte disso, mas temos muito mais a fazer.

Continua depois da publicidade

Entre os planos do treinador, o título do Campeonato Brasileiro é promessa feita ao presidente do clube. Mas desta vez ele quer avançar naquilo que não conseguiu na última passagem pela cidade. Quer aumentar o número de crianças jogando basquetebol. Bial garantiu que o Blackstar vai investir na equipe de alto rendimento, mas também trabalhar junto à base e na formação de escolinhas.

O trabalho já começou visando a competição nacional marcada para começar em fevereiro. Junto com o treinador, chegaram alguns atletas de confiança de Bial, como Schneider. Segundo o comandante do time, ele é um jogador com perfil para ser o exemplo da equipe e favorito para conquistar o posto de capitão.

Entre as contratações estão o argentino Stefano, Leozão, Andrezão e Socas. Além disso, outros jogadores que já faziam parte do elenco e se encaixam no perfil de trabalho continuarão no time.

Presidente Rodrigo Lima (E) durante apresentação
Presidente Rodrigo Lima (E) durante apresentação (Foto: Gustavo Mejia, LDF Sports Branding)

Presidente quer realizar conto de fadas

O presidente do Blackstar, Rodrigo Lima, contou que o técnico havia recebido sete oportunidades para trabalhar em outras equipes, mas escolheu o time joinvilense pelo legado que já tem construído na cidade. Segundo ele, Bial era o primeiro nome da lista da diretoria, que acredita na continuidade do legado dele junto a Joinville. O técnico chega atrelado aos princípios da equipe, que são voltados para o planejamento e o social, com um forte pilar de gestão de pessoas.

Continua depois da publicidade

— Toda a nossa diretoria vem da administração e da gestão de pessoas e esse é o principal ponto positivo do Alberto Bial. Ele trabalha gestão como ninguém e com certeza vai conduzir nossa equipe a um patamar ainda maior — afirmou.

O Blackstar é uma equipe de 16 anos, surgida como amadora e que vem crescendo ao longo dos últimos anos. Esteve entre os três primeiros colocados do Campeonato Estadual nas últimas três edições e disputou um torneio experimental da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) em 2019, que serviu de laboratório para o novo campeonato que começará em fevereiro.

— A nossa ideia é montar um conto de fadas. Em fevereiro disputamos o Campeonato Brasileiro buscando o primeiro lugar para que consigamos a classificação para jogar no mesmo ano o NBB. É uma meta audaciosa, mas devido a toda nossa estruturação é uma meta palpável — garantiu.