O momento é de transformação na Dudalina. Depois de 31 anos e 12 anos no comando da empresa, deixei no final de maio o cargo para integrar o Conselho de Administração da Restoque. O movimento ocorre com muita tranquilidade, porque o meu sucessor, Ilton Tarnovski, já estava sendo preparado para me substituir.
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Nas últimas semanas, passei por todas as fábricas explicando aos colaboradores como seria a mudança. Vou continuar muito próxima do dia a dia da empresa, mas com um olhar de fora para dentro.
Agora tenho tempo para me dedicar a outros projetos, retribuindo de alguma forma o que eu recebi ao longo da minha trajetória. Além desse sentimento de gratidão, tenho a crença de que precisamos exercer cidadania, ajudar a melhorar o país em que vivemos. Brinco que vou cuidar das flores do jardim da minha vida, mas na verdade quero contribuir com outros empreendedores em organizações que já estou envolvida.
Entre eles, a Endeavor, o LIDE Mulher, Mulheres do Brasil, a Fundação Dom Cabral e o Instituto Ayrton Senna, projetos em que recebo muito mais em conhecimento do que dispendo em doação do meu tempo. Quero colaborar com a causa da educação e do empreendedorismo e contribuir com o desenvolvimento das mulheres no mundo dos negócios.
Além disso, quero investir mais tempo no Instituto Adelina, que hoje recicla os retalhos da empresa doando para mais de 500 instituições do Brasil todo. O principal produto é uma sacola social, a ecobag, que já está em todo o país e no mundo. Doamos 500 unidades para o Fórum Mundial de Mulheres, em Londres, 1,7 mil unidades para o Womens Forum, em Deauville, na França, onde sou jurada do prêmio mundial de empreendedorismo de mulheres da Cartier e também para o Instituto Ethos.
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O sentimento é de gratidão por todas as pessoas que contribuíram com essa trajetória maravilhosa. Agradeço a Deus, o ser maior que nos protege e nos acompanha. E a todos que contribuíram nessa caminhada. Muito obrigada aos meus irmãos que acreditaram e apostaram em mim e permitiram que eu assumisse a presidência da companhia. A sensação é de dever cumprido. Mas ainda há muito trabalho pela frente: há uma nova estrada aberta de transformação social.