Quase três meses após o atropelamento que deixou Nilandres Lodi sem as duas pernas e matou a mulher dele nos Ingleses, norte da Ilha, em Florianópolis, o morador de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, tenta retomar a vida e superar as dificuldades que vem enfrentando desde o acidente. Uma delas é a compra das próteses, que até o momento não foi efetuada em razão do alto valor. As informações são do G1 RS.

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Nilandres, a mulher e um amigo comemoravam o novo ano na frente da casa que o casal estava morando havia quatro anos em Florianópolis com os dois filhos — as crianças estavam dentro da residência. Ali também ficava a loja de som automotivo que eles mantinham. Foi então que um veículo subiu a calçada na SC-403 e os atingiu.

— Ao chegar em casa nós descemos. Quando nós descemos, veio esse Camaro em alta velocidade e atingiu nós, não deu nem tempo, não vi nada, só sofri o impacto e aí eu fui acordar, que eu me lembre, 20 e poucos dias depois, no hospital — recorda.

Jeferson Bueno, motorista identificado como o que dirigia o carro que causou o acidente, segue foragido. Ele é de Sapiranga, também no Rio Grande do Sul, e estava em Florianópolis como turista. A prisão preventiva foi decretada dois dias depois do atropelamento. Nesta semana, o Ministério Público de Santa Catarina ofereceu denúncia contra Bueno por homicídio triplamente qualificado.

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Depois de ter as pernas amputadas, Nilandres ainda não se recuperou o suficiente para começar o trabalho de reabilitação. É o tratamento, todo feito pelo SUS, que vai possibilitar o uso de próteses. Quando ele estiver pronto, porém, terá de resolver outro problema: conseguir dinheiro para pagar pelos acessórios. Cada um, segundo a família, custa mais de R$ 20 mil.

A família entrou com uma ação na Justiça contra o motorista suspeito de ser o causador do acidente.

— Numa preliminar, o juiz aqui de Passo Fundo já decidiu e bloqueou o veículo causador do acidente, um terceiro veículo de propriedade dele, e conseguimos também um pensionamento inicial de dois salários mínimos pro Nilandres. Isso ainda não está sendo cumprido, porque depende da citação do reú (apresentação dele à Justiça) — explica o advogado Israel Brardi.

Por telefone, o advogado de Jeferson Bueno, Ademir Campana, disse ao G1 RS considerar injusto que ele se apresente e que fique preso à disposição da Justiça por um crime que não cometeu.

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— Eu só espero justiça. Que a família dele tenha consciência. A família deve saber onde ele está. Entreguem o cara, olha o que ele fez? Eu só quero que haja justiça, que ele pague, nada mais — desabafa Nilandres.

Leia a matéria completa do G1 sobre o caso