Substituta de Larissa Brandão na Secretaria de Saúde de Joinville, Francieli Schultz assumirá a pasta que é considerada a mais difícil de se administrar no governo de Joinville. Larissa Brandão, que estava à frente da secretaria desde março do ano passado, pediu exoneração do cargo.
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Em declaração oficial, ela alegou motivos pessoais para deixar a pasta e disse que o pedido formal de seu desligamento ao prefeito Udo Döhler havia sido feito no começo deste mês. O prefeito aceitou as justificativas e confirmou o nome de Francieli Schultz para assumir a secretaria.
– Respeito a decisão pessoal da Larissa de sair da secretaria. É um cargo que naturalmente tem uma pressão psicológica muito grande. Em virtude do bom trabalho que vinha sendo desenvolvido, procuramos uma pessoa com um perfil parecido, que entendesse bem dos trâmites legais e jurídicos da administração pública, e a Francieli é um nome muito forte nesse quesito – disse Udo.
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Franciele é procuradora de carreira do município e ocupava uma das diretorias executivas da Procuradoria. Ela assume o cargo oficialmente nesta sexta-feira. A nova secretária terá demandas importantes em sua gestão. Uma delas será lidar com as longas filas de espera para atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Outra preocupação deve ser a demora no agendamento de consultas com especialistas de áreas como a ortopedia.
ENTREVISTA
Francieli Schultz
“A pasta da saúde tem muitos desafios, e vamos precisar de organização”
A Notícia – Como foi o contato e a negociação para que a senhora assumisse a Saúde?
Francieli Schultz – Em resumo, eu era procuradora na quinta-feira e me tornei secretária na sexta. Foi uma negociação rápida e certeira, em que o prefeito me propôs o desafio. Fico muito grata pela confiança depositada em mim pelo prefeito Udo, e já encaro com seriedade esta nova etapa. Sabemos que a pasta da Saúde tem muitos desafios, e vamos precisar de organização e bastante trabalho para vencê-los. Minha missão é entrar para contribuir.
AN – A Prefeitura buscou um perfil parecido com o de Larissa para assumir o cargo. A senhora acredita ter essas características?
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Francieli – Por atuar na procuradoria, eu já acompanhava algumas demandas dentro da secretaria, por isso, sei do ótimo trabalho da Larissa. Minha intenção não é chegar e mudar tudo. Quero dar continuidade às boas ações que ela executou e dar prioridade às determinações legais e judiciais. A gente precisa mostrar resultado e foco agora para o cumprimento das decisões.
AN – A sua bagagem profissional na Procuradoria pode, de alguma forma, ajudar nesta etapa da carreira?
Francieli – Tenho nove anos de Procuradoria e 12 de serviço público. Trago a experiência de trabalhar com situações emergenciais, com a gestão de crises. A saúde vive um momento de crise no País inteiro, e Joinville não está fora disso. Temos problemas como todos os outros municípios. No entendimento do prefeito, é preciso que alguém faça a gestão disso tudo, e é nesse cenário que posso contribuir.
Ex-secretária faz crítica à rotatividade
Ex-secretária da Saúde de Joinville e do Estado, Tânia Eberhardt (PMDB) considerou a troca de nomes na pasta um fator de preocupação para o município. Atual diretora do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, ela ficou surpresa com o pedido de afastamento da antiga secretária.
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– A Larissa vinha fazendo um excelente trabalho à frente da Saúde. Ela assumiu sabendo que esta era uma das pastas mais difíceis. Pegar todo o processo, o passo a passo e os detalhes da secretaria leva tempo, por isso uma troca nunca é o melhor caminho – explicou Tânia.