Eleito aos 56 anos para o seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados com 68.130 votos, Darci de Matos (PSD) deixará sua cadeira na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), a qual ocupou como deputado estadual eleito em 2006 e reeleito nas eleições de 2010 e 2014, para formar a bancada do PSD no Congresso Nacional. AN traz abaixo o perfil do político e as prioridades que ele deseja pleitear em Brasília.

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Quem é o Deputado

Atualmente deputado estadual, Matos é membro das comissões de Constituição e Justiça; Legislação Participativa; e de Prevenção e Combate às Drogas da Alesc, e, a partir de 1º de janeiro começa a atuar na Câmara Federal.

Filho de agricultores do Paraná, Darci de Matos mudou para Joinville aos 16 anos e formou-se técnico na Escola Agrícola de Araquari. Depois, foi servidor público na Fundação Municipal 25 de Julho e trabalhou como locutor de rádio. Também ocupou o cargo de presidente da Associação dos Servidores Públicos de Joinville, além de ter cursado Economia na Univille e feito pós-graduação em Administração e Marketing. Foi professor em escolas estaduais e na faculdade de Direito da ACE e, posteriormente, assumiu o cargo de presidente da Fundação Municipal Albano Schmidt (Fundamas).

Em Florianópolis coordenou a Secretaria da Juventude da Casa Civil do governo estadual e exerceu o cargo de Delegado do Ministério do Trabalho em Santa Catarina. Em 2000, Matos se elegeu pela primeira vez a um cargo no legislativo, como vereador em Joinville, sendo reeleito em 2004 – qual também presidiu por duas oportunidades. Em 2008 e 2016, quando já estava na Alesc, disputou a prefeitura, mas acabou derrotado nos dois pleitos no segundo turno.

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Prioridades do Mandato

As pessoas demonstraram nas ruas que querem mudança, que o Brasil precisa mudar”, analisa o deputado eleito, que terá como prioridade apoiar as reformas que julga necessárias para o futuro do País (previdenciária; tributária; penal). Entre as bandeiras políticas que pretende defender nos próximos quatro anos também estão as áreas da Saúde e da Segurança Pública. Ele descarta ainda valer-se do cargo para promover indicações políticas.

— Vou à Brasília com a consciência de que nós (deputados federais eleitos) vamos para fazer as grandes mudanças que o Brasil precisa. A reforma da Previdência, que não pegue o pequeno mas pegue os grandes salários porque a população não aguenta mais; a reforma tributária, para desonerar quem gera empregos e tributar os banqueiros que fazem agiotagem; a questão do Pacto Federativo, que na forma atual não é justa com Santa Catarina; e alterações no Código Penal — elenca.

Sobre este último, o parlamentar acredita que é preciso endurecer o código e o processo penal. Outro exemplo, cita ele, é o fato de que não vai indicar nenhum cargo nas estatais do governo: “zero, nenhum!”, enfatiza, por entender que neste movimento mora o início da corrupção.

— Por que se coloca um diretor financeiro, que não é de carreira, numa empresa pública? Para roubar! Quer dizer, quem tem que ser diretor é o profissional que está lá há 10,15, 20 anos e que conhece a empresa. Colocar alguém de fora cria uma porta para acontecer o que aconteceu com o Brasil, em que as estatais não são nossas, são de (propriedade de) cinco ou seis. Por isso não quero indicar ninguém, quem não é do ramo — opina.

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Demandas por Joinville

Darci de Matos destaca que quer trabalhar para resolver empecilhos que travam o desenvolvimento da Região. “Temos obras pontuais, uma delas é resolver a questão da universidade caindo aos pedaços, e que hoje está pagando R$ 300 mil de aluguel por mês”, diz ao referir-se ao esqueleto das obras da UFSC às margens da BR-101. Ele pretende buscar solução também para a obra da BR-280, que segue morosa. Uma terceira tentativa será resolver os entraves relacionadas ao traçado da linha férrea.

— Não há mais razão de o trem passar por dentro de Joinville, ele tem que ir seguir margeando a BR-280. Por que passar dentro de joinville, para passear? — ironiza.

O pessedista também diz querer acompanhar a situação da saúde, da segurança pública (com maior efetivo e auxílio de tecnologia) e da infraestrutura locais. Um dos compromissos é o de, por meio das emendas parlamentares, conseguir ajudar a erguer uma unidade de Pronto Atendimento na Região Oeste de Joinville, para atender os bairros Vila Nova, Nova Brasília e Morro do Meio.

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