A presidente da República, Dilma Rousseff, aproveitou a cerimônia de recondução do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para fazer uma defesa do combate à corrupção no seu governo em discurso no Palácio do Planalto. Ela também exaltou a lisura e transparência do processo de escolha de Janot para o cargo, ao dizer que evitou “partidarizar a escolha”.
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– Queremos um país em que políticos pleiteiem o poder por meio do voto e aceitem o veredicto das urnas. Em que os governantes se comportem rigorosamente segundo as atribuições, sem ceder a excessos. Em que os juízes julguem com liberdade e imparcialidade, sem pressões de qualquer natureza e desligados de paixões político-partidárias – declarou Dilma.
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Dilma começou o discurso dizendo que presidia “com imensa satisfação” a recondução de Rodrigo Janot.
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– Trata-se de um momento de demonstração e da força das nossas instituições e, sobretudo, um momento de reafirmação e de respeito à autonomia do Ministério Público neste País – afirmou.
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A presidente disse que “sempre deixou claro” qual é a sua posição sobre o processo de nomeação do procurador-geral.
– Nas três ocasiões em que exerci o dever constitucional de indicar o procurador-geral, acolhi a indicação da lista elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República. Fazendo isso, evitei partidarizar a disputa, respeitei a autonomia do Ministério Público – falou.
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Dilma também destacou o respeito por Janot. Segundo ela, o reconhecimento de seu saber jurídico, seu preparo para a função e sua dedicação ao trabalho foi uma das razões para referendar o nome do procurador-geral.
– Esse é um comportamento cujas raízes lançamos, esse é um legado para o fortalecimento da nossa democracia – concluiu.