Um mês após o acidente que causou a morte do barbeiro e motoboy Paulo Ricardo Patrício, no Itacorubi, em Florianópolis, familiares e amigos voltaram à Rodovia Admar Gonzaga na noite desta segunda-feira (16), e bloquearam a rua em protesto (assista abaixo). Sobre uma faixa de segurança, cartazes com pedido de Justiça foram erguidos pelo grupo: “A impunidade não pode prevalecer diante da verdade”.
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Paulinho, como era conhecido o diretor de bateria da Embaixada Copa Lord, uma das mais tradicionais da cidade, comemoraria seus 32 anos nesta segunda, mas teve a vida ceifada enquanto trabalhava como entregador.
“Um mês sem nosso amigo. Queremos Justiça”, dizia uma, entre as diferentes frases escritas em faixas e cartazes usados na manifestação. Motoboys, também presentes no protesto, ainda expuseram a insegurança vivida pela categoria durante as noites de trabalho: “É por ele, por mim, por você. Por todos”.
A moto em que Paulo Ricardo transitava foi atingida por um carro por volta das 22h30min de 15 de julho. Era uma quinta-feira. O motorista do carro se negou a fazer o teste do bafômetro, mas foi preso em flagrante por apresentar sinais de embriaguez, segundo a assessoria de comunicação da PMRv informou à época.
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O caso foi encaminhado à Polícia Civil, que concluiu o flagrante e remeteu o inquérito ao Poder Judiciário. A reportagem procurou informações sobre o andamento do processo no site do Tribunal de Justiça, mas não havia informações públicas sobre o caso.
Um dia após o acidente fatal, no entanto, o motorista do carro que atingiu o sambista teve a liberdade provisória decretada em audiência de custódia, sob multa de R$ 3,3 mil de fiança e foi solto.
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Assista ao protesto:
Novo acidente, mesmos moldes
Na madrugada desta segunda (16), outro entregador sofreu acidente nos mesmos moldes de Paulinho. Com 23 anos, o motoboy foi encaminhado ao Hospital Celso Ramos com ferimentos graves e segue internado da terapia intensiva (UTI).
Testemunhas relataram à polícia que o motorista de uma Mercedes, de 27 anos, bateu no motociclista. Segundo a Polícia Militar (PM), o condutor do carro apresentava sinais de embriaguez, mas se recusou a fazer o teste do bafômetro.
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