Foram oito longas brasileiros, cinco latino-americanos e 14 curtas nacionais, numa maratona que começou na semana passada e só terminaria nesta sexta-feira. A reportagem viu tudo, exceto os dois últimos curtas programados para a sessão noturna desta sexta-feira – Duplo, de Juliana Rojas, e Um Diálogo de Ballet, de Filipe Matzembacher e Márcio Reolon. A seguir, os destaques e os principais favoritos deste 40º Festival de Gramado.
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Melhor longa
Entre os latinos, o uruguaio Artigas, La Redota, de Cesar Charlone, é a barbada para levar o Kikito, com o cubano Vinci, de Eduardo Llano Rodríguez, correndo por fora. Entre os brasileiros, O Som ao Redor, de Kleber Mendonça Filho, grande filme do festival, divide o posto de destaque com O que se Move, de Caetano Gotardo, e Super Nada, de Rubens Rewald. Mas, por seu perfil, o júri nacional pode preferir a comédia Colegas, de Marcelo Galvão.
Melhores atores
Marat Descartes, em grande performance como um ator principiante em Super Nada, é o principal favorito ao Kikito entre os brasileiros. Entre os latinos o júri pode escolher entre Jorge Esmoris e Rodolfo Sancho, de Artigas (respectivamente José Artigas e o espião que é contratado para matá-lo), ou então o trio de Vinci, Héctor Medina, Manuel Romero e Carlos Gonzalvo (o primeiro como Da Vinci e os outros como seus companheiros de cela).
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Melhores atrizes
O trio de intérpretes de O que se Move (Cida Moreira, Andrea Marquee e Fernanda Vianna) desponta entre os longas nacionais, mas não será surpresa se o júri preferir Rita Pokk, atriz com Síndrome de Down de Colegas – seus companheiros de cena Ariel Goldenberg e Breno Viola também podem ser lembrados. Entre os cinco latinos a única performance feminina de destaque é a da velhinha Leontina, do longa de Boris Peters que leva o seu nome.
Prêmios técnicos
O Som ao Redor é barbada em som e bem poderia ganhar pelo roteiro de Kleber Mendonça Filho. A trilha sonora pode render o único Kikito de Jorge Mautner_ o Filho do Holocausto, dirigido por Pedro Bial e Heitor D’Alincourt (é o grande destaque musical do festival), ou mesmo de Futuro do Pretérito: Tropicalismo Now!, dirigido por Ninho Moraes e Francico César Filho. O documentário chileno Leontina tem chances por sua fotografia graças às belas imagens da avó do diretor.