Dono de um estilo inconfundível, um cabelão de de dar inveja em muitas mulheres, Dudu Bertholini fala com propriedade sobre a moda. Transitando desde as fashion weeks internacionais até o desfile de trajes da “vida real” do Mega Polo Modas, onde esteve nesta terça, o estilista gostou do que viu, e afirma que hoje em dia já não existe mais certo e errado, mas sim uma coerência entre o lifestyle da pessoa e sua maneira de ser.

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Esta é sua primeira vez no Mega Polo Moda. Qual a sua impressão?

Dudu: Fiquei bastante impressionado com a diversidade das marcas, com o volume de negócios, é muito bacana ver as pessoas circulando nos corredores, comprando para levar para todo o Brasil.

É muito diferente das fashion weeks que você está acostumado a trabalhar?

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Dudu: Mas isso é muito bom, pois existe uma democracia grande na moda. A gente vê mercado como o do plus size, que só tem crescido. A gente sabe que a realidade fora das passarelas é que as mulheres têm corpos muito distintos, então é bacana de ver como isto estra retratado de uma maneira bem democrática.

O que achou das tendências apresentadas?

Dudu: A gente já não vive mais a era do certo e do errado. Eu acho que existe uma coerência entre o estilo da pessoa e o seu lifestyle, sua maneira de ser, e essa diversidade também apareceu muito aqui no Mega Polo. Hoje em dia quem tenta impor tendências, ou uma visão meio unilateral do que a moda deve ser, está por fora, pois muto mais do que a moda ditar aquilo que nós temos que usar, a moda nos dá N ideias para gente aprimorar o nosso estilo pessoal. Então nós vemos aqui uma moda mais casual, mais tranquila, assim como outra moda com a mulher mais exuberante, que gosta de onça, de brilho. E vemos estes tipos de mulheres circulando aqui pelos corredores também.

Quais são os seus trabalhos atuais?

Dudu: Há quase dois anos que estou licenciando produtos com a marca Dudu Bertholini, atualmente temos óculos de sol, malas de viagem, mochilas. É um segmento que tem crescido muito, tanto com a Neon quanto com a minha marca, então este é um momento bastante prolixo do meu trabalho. Fora isso, tenho feito curadorias, editado publicações, é um momento de muita diversidade.

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Como foi a experiência de assinar uma coleção para a Riachuelo?

Dudu: Foi muito legal, pois vendeu no Brasil todo, o que deixou muito feliz com o resultado. Fazer um produto com um preço justo, não significa que é de má qualidade, ao contrário, muitas vezes um grande produtor tem volume de negociação para fazer produtos de qualidade com preços acessíveis. É muito gratificante ver um produto que eu assino chegar até consumidores de todo o Brasil, e o agito que aconteceu nas mídias sociais, as pessoas mostrando como estavam usando, a sua versão daquela roupa que eu criei. Posso dizer que sou um grande incentivador dos licenciamentos e quero muito que me produto atinja fronteiras onde não atingiu até agora.

* A repórter viajou a convite da organização do evento