Nélio Dgrazi, de Belo Horizonte (MG), e Matheus Sales, de Rio Branco do Sul (PR), são os dois influenciadores digitais alvos de uma operação da Polícia Civil do Paraná que investiga a promoção de rifas ilegais de veículos e dinheiro. Em Santa Catarina, mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Itapema e Balneário Camboriú, no Litoral Norte, na terça-feira (20). As informações são do g1.
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Nas redes sociais, os suspeitos compartilham a vida de luxo aos milhares de seguidores, com carros caros, viagens internacionais e celulares banhados a ouro. A reportagem tenta contato com a defesa dos investigados, mas até a publicação da reportagem, não obteve retorno.
Celular avaliado em R$ 42 mil
Nélio Dgrazi tem mais de 1,3 milhão de seguidores nas redes sociais e compartilha conteúdos relacionados a manobras feitas com veículos de luxo. Através de vídeos, o influencer aparece dirigindo por várias cidades do Brasil.
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Nas redes, ele também ostenta um celular banhado a ouro que, segundo a Polícia Civil, é avaliado em cerca de R$ 42 mil. O aparelho é um iPhone 12 Pro Max, com a assinatura da Rolex, marca de relógios de luxo.
Além do smartphone, foram apreendidos o passaporte dele, carros de alto padrão, um computador, uma máquina de contar cédulas, cartões e documentos durante a operação.
“Nunca foi sorte, sempre foi Deus”
Natural do Paraná, Matheus Sales acumula várias postagens sobre rifas de carros de luxo, motocicletas e caminhões. No perfil das rede sociais, onde ele acumula mais de 480 mil seguidores, tem como descrição a frase: “Nunca foi sorte, sempre foi Deus”.
Uma das postagens mostra o suposto recebimento de um automóvel por uma família de Rio Branco do Sul. Conforme as investigações, alguns veículos até chegaram a ser entregues, mas outros ficavam com os próprios influenciadores.
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— Alguns veículos eles realmente entregavam, realmente entregaram, mas outros não, faziam rodízio entre eles. Então digamos uma BMW era daqui de BH, passava por uma rifa aqui, o ganhador na maioria das vezes era um outro influencer de outro estado que pegava esse mesmo veiculo e fazia outra rifa lá. E assim era o modos operandi deles — disse Cézar Giovane Ferreira da Silva, agente de Polícia Judicial.
Veja os itens apreendidos
Operação contra rifas ilegais
Os dois influenciadores são investigados por promoção ilegal de rifas, lavagem de dinheiro, associação criminosa e crime contra a economia popular. A operação foi deflgrada pela Polícia Civil do Paraná (PCPR) nesta terça-feira.
Segundo o Ministério da Fazenda, a promoção de rifas só é permitida no Brasil para entidades beneficentes, desde que autorizada e regulamentada pela Secretaria de Prêmios e Apostas.
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— Acontece que nos sorteios regulares, baseados na loteria federal, são utilizadas somente 5 dezenas, em composições que variam de 01 a 100.000. Há fortes indícios de que tais sorteios sejam fraudados para que os valores nunca saiam de dentro do grupo criminoso — explicou o delegado Gabriel Fontana, da PCPR.
A Justiça também autorizou o bloqueio de aproximadamente R$ 25 milhões na conta dos investigados e o sequestro de sete veículos de luxo em nome deles.
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