O anúncio de uma terceira dose, ou dose de reforço, da vacina contra a Covid-19 a partir de 15 de setembro despertou o interesse em saber quem deverá tomar mais um imunizante para fortalecer ou prolongar a imunização.

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Nesse primeiro momento, a terceira dose será aplicada a idosos de mais de 70 anos e aos chamados imunossuprimidos. Mas quem são esses pacientes?

Quem são os imunossuprimidos?

As pessoas imunossuprimidas são as que têm alguma deficiência no sistema de defesa do corpo, também conhecido como baixa imunidade. Essa condição pode existir desde o nascimento, caso em que é chamada de primária, mas também pode ser causada por doenças ou uso de medicações que diminuam a resposta imune.

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O grupo pode incluir pessoas transplantadas, com HIV, em tratamento contra câncer, que fazem hemodiálise ou que tomam altas doses de medicamentos do tipo corticoide. Por terem uma imunidade mais frágil, os idosos também podem ser considerados imunossuprimidos.

A médica-infectologista Carolina Cipriani Ponzi explica que esses pacientes têm uma resposta imune menos robusta quando são estimulados por meio da vacina. Por vezes, eles podem não ter a resposta adequada ou até mesmo não obter resposta alguma do sistema de proteção do corpo aos imunizantes. Por isso, historicamente estão nos grupos prioritários das vacinas, como no caso da campanha contra a gripe. No caso da Covid-19, a oferta de uma terceira dose para esse público busca aumentar a proteção.

– A ideia é estimular por uma terceira vez o sistema imunológico, para poder tentar fazer com que sistema imune que já foi apresentado a esse patógeno, a esse inimigo, reconheça e produza mais uma resposta imune, reforçando a proteção – explica.

No caso dos imunossuprimidos, a terceira dose vai ser aplicada em quem tomou a segunda dose ou dose única há pelo menos 28 dias. Já no caso dos idosos, o reforço será aplicado a quem já tiver completado o esquema de duas doses ou dose única há pelo menos seis meses.

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Pacientes com alto grau de imunossupressão, que terão terceira dose

– Imunodeficiência primária grave;

– Quimioterapia para câncer;

– Transplantados de órgão sólido ou de células tronco hematopoiéticas (TCTH) em uso de drogas imunossupressoras;

– Pessoas vivendo com HIV/Aids com CD4 menor que 200 céls/mm3;

– Uso de corticoides em doses de até 20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, por mais de 14 dias;

– Uso de drogas modificadoras da resposta imune inclusas em uma lista do Ministério da Saúde;

– Pacientes em hemodiálise;

– Pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas (reumatológicas, autoinflamatórias, doenças intestinais inflamatórias).

Fonte: Ministério da Saúde

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