Os bolsonaristas radicais catarinenses que integraram ataques aos Três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro estão sob investigação da força-tarefa entre a Polícia Federal (PF), Supremo Tribunal Federal (STF) e demais órgãos brasileiros que cooperam no caso. Há pelo menos 84 catarinenses entre os presos provisoriamente e dois empresários apontados como financiadores — listamos, a seguir, os já identificados.
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Ao todo, até segunda-feira (16), 1.383 pessoas estão presas no Distrito Federal pelos atos classificados como terroristas pela PF. A relação de detentos foi divulgada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape).
As prisões foram determinadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Os detentos, distribuídos entre presídios do Distrito Federal, passaram por audiências de custódia coordenadas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
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Bolsonaristas identificados em SC
Há dois empresários de Santa Catarina apontados como financiadores dos atos golpistas. A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu bloqueio de bens de Amir Roberto El Dine, de Porto União. O empresário do ramo de armas Otto Guilherme Vieira, de Blumenau, está na mira da PF por patrocinar os ataques.
Entre os presos, há políticos. A vereadora da cidade de Bom Jesus, Odete Correa de Oliveira Paliano, foi detida integrando os atos de vandalismo que devassaram os prédios dos Três Poderes. O suplente de vereador em Itajaí Fabiano da Silva, eleito em 2020, também foi preso provisoriamente.
Além das pessoas presas provisoriamente, foi possível identificar catarinenses por vídeos publicados nas redes sociais, como é o caso da idosa conhecida como “Fátima de Tubarão”. A bolsonarista radical Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza apareceu em vídeo ameaçando “Pegar Xandão”.
A reportagem tentou contato com as pessoas citadas ou suas respectivas defesas, mas não obteve retorno.
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A Defensoria Pública de Santa Catarina prestou assessoria jurídica a 31 presos residentes em SC, mas esclareceu em nota que não disponibiliza o nome dos atendidos.
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