Cantora, influenciadores e um pastor. Esses são alguns dos alvos da nova fase da operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (17), e que apura o financiamento dos atos golpistas de 8 de janeiro. Entre os detidos está o pastor Dirlei Paiz, que foi preso na casa onde morava com a esposa em Blumenau. As informações são do g1.
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Além de Paiz, foram detidos Isac Ferreira, Rodrigo Lima, Juliana Gonçalves Lopes Barros e Fernanda Ôliver. Outras cinco pessoas, que não foram identificadas, também foram alvos de mandados de prisão preventiva.
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Conforme a investigação, eles são suspeitos de fomentar o movimento violento chamado “Festa da Selma”, codinome usado pelos golpistas para se referir aos atos que culminaram na invasão dos prédios do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF).
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Confira quem são os presos:
- Influenciadores
Isac Ferreira é influenciador e foi preso no Distrito Federal. Em uma rede social, ele divulga o dinheiro que ganha com supostas vendas na internet. “Fiz mais de 2,5 milhões vendendo na internet. Ensino de graça”, escreveu em uma publicação.
Já em outro perfil, ele mencionou a “Festa da Selma” em dois posts: “Vai ser f*** a festa da Selma!!!”, em 7 de janeiro; e “Festa da Selma não tem hora pra acabar!!! Levem suas bíblias e seus direitos!!”, no dia 8. O g1 tenta contato com a defesa dele.
Também foi preso o influenciador Rodrigo Lima, em João Pessoa, na Paraíba. Conforme a investigação, ele foi um dos primeiros a usar o termo “Festa da Selma” para incitar os atos golpistas em 8 de janeiro. Além disso, ele também posta mensagens sobre o ex-presidente nas redes sociais e em um grupo no Telegram.
Rodrigo é gestor público e foi ex-secretário de comunicação da Prefeitura de Bayeux, na Grande João Pessoa. A reportagem também tentou contato com a defesa dele, mas não teve retorno.
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A terceira influenciadora detida foi identificada como Juliana Gonçalves Lopes Barros, presa em Águas Claras, no Distrito Federal. Segundo a PF, ela divulgou vídeos convocando para os atos de 8 de janeiro, do qual também participou.
Ela também fez referência ao que seria uma “festa” em Brasília. “Você é meu convidado de honra. A festa vai ter a cereja do bolo. Você precisa chegar em Brasília no dia 7. Corre pra Brasília porque esta vai ser a festa do ano e a festa da nossa vida”, publicou em uma rede social. A reportagem tenta contato com a defesa da influenciadora.
- Pastor
Preso em Blumenau, Dirlei é pastor e apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nas redes sociais, há fotos dele com o quarto filho do ex-presidente, Jair Renan.
Atualmente ele ocupava o cargo de coordenador técnico do gabinete do presidente da Câmara de Vereadores de Blumenau, Almir Vieira. Conforme dados do portal da transparência, ele recebe um salário de R$ 5.075 mensais.
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Por telefone, a esposa de Dirlei confirmou a prisão do marido à NSC TV. Já o advogado do pastor informou que ainda está se inteirando do assunto.
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- Cantora
A cantora Fernanda Ôliver também foi presa durante a operação em Goiânia. Ela, que tem quase 140 mil seguidores no Instagram, nasceu em Araguaçu, no Tocantins, em 1998.
A prisão da jovem foi confirmada por fontes ligadas à operação. A assessoria da cantora foi procurada, mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem.
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