Três mulheres, no coração da Amazônia, são as últimas representantes da etnia Akuntsú, que ocupa a terra indígena Rio Omerê, no sudeste de Rondônia. A pressão ao longo de décadas de colonizadores e desmatadores reduziu uma das pouco mais de 300 etnias indígenas do Brasil a apenas três mulheres. As informações são do Metrópoles.

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Apesar das leis feitas para proteger os povos indígenas, o Estado demorou demais para os Akuntsú, que, quase extintos, não têm o que celebrar no Dia dos Povos Indígenas, comemorado na sexta-feira (19).

Aiga com um pássaro da comunidade (Foto: Luciana Keller, Divulgação)
Aiga com um pássaro da comunidade (Foto: Luciana Keller, Divulgação)

As sobreviventes são Pugapia, Aiga e Babawru. Não se sabe ao certo a idade delas, mas a estimativa é de que Pugapia tenha em torno de 60 anos, Aiga por volta de 50 anos e Babawru entre 35 e 39 anos. Consideradas indígenas de recente contato, não possuem o português como língua oficial e estão inseridas no tronco linguístico Tupi.

A mais velha do grupo Akuntsú é Pugapia (Foto: Luciana Keller, Divulgação)
A mais velha do grupo Akuntsú é Pugapia (Foto: Luciana Keller, Divulgação)

“Esse coletivo está habitando uma região no arco do desmatamento no sul de Rondônia. É uma região que sofreu muito com os projetos de colonização e de desenvolvimento ao longo das décadas de 1970 e 1980″, explica Luciana Keller, doutoranda em antropologia pela Universidade de Brasília (UnB) e assessora indigenista do Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (OPI), que realizou pesquisa sobre a etnia.

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